A final da temporada da NASCAR Cup no Phoenix Raceway pode ter coroado Joey Logano como o novo campeão, mas o piloto da Penske não está a deixar o pó assentar em silêncio. Numa revelação surpreendente, Logano expôs os avisos severos da NASCAR contra a manipulação de corridas, reacendendo preocupações sobre a integridade do desporto.
Depois de uma série de playoffs dramática marcada por controvérsias, a NASCAR tomou medidas sem precedentes para garantir que a corrida decisiva do campeonato estivesse isenta de críticas. Após o caos em Martinsville—que viu vários pilotos penalizados por alegada manipulação durante a Ronda de 8—, a NASCAR deixou claro que não toleraria qualquer jogo sujo na final da temporada.
A Ameaça de Alto Risco da NASCAR: Sem Daytona para os Quebradores de Regras
Logano, falando num podcast ao lado de um colega ex-campeão da Cup, revelou até onde a NASCAR foi para dissuadir a manipulação. De acordo com o recém-coroado campeão, o organismo sancionador ameaçou os pilotos com a suspensão da Daytona 500 de 2025 se fossem apanhados a influenciar injustamente a corrida.
“Eles ameaçaram-nos antes da corrida,” revelou Logano. “Se alguém manipular a corrida de alguma forma, não vais correr na Daytona 500 no próximo ano. É uma ameaça? É real? Saberemos se algo aconteceu.”
Esta bomba levanta questões sobre as políticas de aplicação da NASCAR e se uma ameaça tão drástica poderia mesmo ser cumprida. Embora nenhum incidente tenha sido assinalado durante a final, os comentários de Logano sugerem tensões subjacentes entre competidores e oficiais sobre a credibilidade do desporto.
Condutores da Chevrolet Sob Fogo
Logano não se ficou pelas ameaças da NASCAR—ele voltou-se para alguns dos seus concorrentes, criticando o comportamento agressivo dos condutores da Chevrolet durante as sessões de prática. De acordo com o campeão três vezes, as suas táticas beiravam o sabotagem pura e simples.
“Descarregamos para a prática, e o 1 (Ross Chastain) está a correr como um louco contra o 12 (Ryan Blaney) na prática,” disse Logano. “O 77 descarrega, recua para mim—tinha uma distância livre à frente de mim—e corre com ar sujo bem à minha frente. Arruinou a minha volta na prática. Isto é na semana seguinte a terem sido penalizados por isto, e continuam a fazê-lo. Não estão a recuar; simplesmente não vão falar sobre isso.”
As acusações de Logano implicam que a manipulação, seja subtil ou flagrante, continua a ser um problema generalizado, mesmo após a repressão da NASCAR. Os seus comentários alimentam o debate que paira sobre o desporto ao longo da temporada: os condutores estão a contornar as regras para obter uma vantagem injusta?
A Batalha da NASCAR pela Integridade
O incidente em Martinsville obrigou a NASCAR a suspender e multar três condutores por manipulação, lançando uma sombra sobre a corrida decisiva do campeonato. As alegações de Logano sugerem que, mesmo com medidas mais rigorosas, algumas equipas ainda podem estar a ultrapassar os limites.
“O sistema de playoffs é uma parte importante disso,” apontou Logano. “Tens de perguntar, a quem é que respondes?”
À medida que a NASCAR tenta equilibrar o drama intenso dos playoffs com a necessidade de uma competição justa, os comentários de Logano destacam quão frágil esse equilíbrio é. Fãs e críticos estarão agora a observar atentamente para ver se a NASCAR investiga estas novas alegações ou se aperta ainda mais o controlo para manter a integridade do desporto.
O que vem a seguir para a NASCAR?
As declarações ardentes de Logano deixam a NASCAR com um desafio assustador: conseguem restaurar a fé no sistema enquanto mantêm o drama em pista vivo? O organismo sancionador ainda não comentou as suas alegações, mas a pressão para agir está a aumentar.
Por agora, uma coisa é clara—Joey Logano não está contente em deixar a sua vitória no campeonato ofuscar as questões que acredita poderem ameaçar o espírito da NASCAR. À medida que o desporto se dirige para a intertemporada, todos os olhares estarão postos em como a NASCAR responde a estas acusações e se mudanças mais drásticas estão no horizonte.