A proposta de alterações às regras da MotoGP que permitiriam testes adicionais antes do regresso à pista de pilotos lesionados, feita pelo espanhol Jorge Martín e a Aprilia, encontrou resistência da Ducati.

O campeão mundial caiu durante os testes de pré-temporada, lesionou-se novamente durante a recuperação e vai perder pelo menos três fins de semana de corridas antes de poder voltar às competições e estrear-se no Mundial deste ano com o número 1 que conquistou no ano passado.

A ideia apresentada é que um piloto que tenha perdido algumas corridas possa fazer um teste privado antes de regressar, em vez de entrar diretamente num fim de semana de corrida com todas as pressões que isso acarreta.

«Gostava de fazer algum teste antes de regressar às pistas em competição, porque ainda não me sinto completamente recuperado. Vamos ver se é possível», disse, há dois dias o espanhol, quando confirmou que falhará também o GP das Américas, dia 30 de março.

O chefe de equipa da Ducati, Davide Tardozzi, explicou na Argentina, onde está a decorrer a segunda etapa do Mundial de MotoGP, que concorda com a ideia por princípio, mas que esta deve ser integrada nos regulamentos para a temporada de 2026, e não alterar os regulamentos atuais com urgência.

«Penso que esta pode ser uma boa ideia para o futuro», disse Tardozzi. «Tivemos o mesmo problema com Enea Bastianini em 2023, mas ninguém nos deu a oportunidade de lhe organizar um teste. Acho que esta será uma boa oportunidade para mudar os regulamentos para o próximo ano», justificou.

Tardozzi explicou que Martin não precisava de teste e acrescentou que tinha a certeza de que, quando o campeão mundial voltasse à pista, seria um dos mais sérios rivais da Ducati.