Vizela: vice-líder, imbatível há 14 jogos (agora 15), 17 golos marcados nos últimos seis jogos (agora 18 em sete) e melhor defesa da Liga 2 (agora com 27 golos sofridos). Este era o cartão de visita dos minhotos.

Alverca: terceiro classificado, sem perder há mais de um mês (antes dessa derrota em Penafiel tinha tido uma série de invencibilidade de oito partidas), segundo melhor ataque da prova (agora 47 tentos apontados). Assim se apresentavam os ribatejanos.

Perante estes factos, estava na cara que vinha aí um jogaço. E veio. Parada e resposta, golos - podiam ter sido três ou quatro para cada lado! – e emoção a rodos do início ao fim. Utilizando um chavão do futebol, ninguém merecia perder.

Quando Heinz Morschel inaugurou o marcador para os da casa (11’), após passe de Vivaldo Semedo, já Andrezinho (7’) e João Marcos (10’) tinham criado perigo do outro lado. Até ao intervalo, foi ver Ruly García e João Bravim brilharem nas respetivas balizas. Só um golo em tempo de descanso? Que pena…

A etapa complementar voltou a ser espetacular e ninguém tirou o pé do acelerador. Neste período, o guarda-redes espanhol foi segurando a vantagem dos vizelenses – que defesas a remates de Eduardo Ageu (51’) e Brenner (56’)! -, mas nada pôde fazer no lance do penálti convertido por João Marcos: após alerta do VAR, André Narciso foi ver as imagens de um lance entre Lebedenko e Brenner e confirmou que o ucraniano pisou o brasileiro.

A temperatura manteve-se a ferver até ao último apito, com um golo (bem) anulado a Vivaldo Semedo e com Andrezinho, no derradeiro lance do encontro, a tirar tinta ao poste. Tantas incidências? Sim, caro leitor, houve espetáculo no Minho! Mantém-se tudo em aberto na luta pela subida ao principal escalão do futebol português.