Como é que isto foi possível? O Feyenoord estava a perder por 0-3 aos 75 minutos de jogo. Mas o Manchester City desligou-se por completo do encontro (talvez pensando já no duelo com o Liverpool, na Premier League, no próximo domingo) e com golos de Moussa (75'), Giménez (82') e Hancko (89'), os neerlandeses conseguiram um empate histórico e aumentam a crise do City, que entrou neste jogo depois de cinco derrotas seguidas.
Com Matheus Nunes e Bernardo Silva a titulares, Pep Guardiola alinhou os portugueses na frente de ataque dos citizens, juntamento com Jack Grealish, Phil Foden e Erling Haaland, e teve de ser o inevitável ponta de lança a ameaçar primeiro, cabeceando ao poste aos 10’. Do outro lado, Igor Paixão assustou o City com um remate acrobático (23’) e uma tentativa de chapéu (32’) que quase apanhou Ederson em contrapé.
Com o jogo a caminho do intervalo, Timber pontapeou Haaland na grande área quando tentava acertar na bola e o árbitro assinalou penálti. O norueguês não desperdiçou a oportunidade de marcar (44’) e de fazer história, sendo agora, aos 24 anos e 128 dias de idade, o mais jovem de sempre a chegar aos 45 golos na Champions, (bateu o registo de 24 anos e 257 dias de Messi).
Esse penálti deu ímpeto ao City, que pareceu resolver a questão no início do 2.º tempo, com dois golos rajada de Gundogan (50') e de Haaland (53') este assistido por Matheus Nunes.
Com o jogo aparentemente controlado, Guardiola prejudicou a equipa ao colocar Simpson-Pusey, De Bruyne e McAtee nos lugares de Foden, Gundogan e Aké. A equipa relaxou demasiado e acabou por sofrer: Anis Moussa castigou uma enorme desatenção de Simpson-Pusey, contornou Ederson e marcou pelo quarto jogo seguido; noutro lance inacreditável, Lotomba cruzou, a bola bateu em Ederson e no poste, antes de ir direitinha para o peito do recém-entrado Giménez, que encostou à boca da baliza.
O Feyenoord acreditava no empate e a equipa do City, cada vez mais aos papéis, permitiu-o: Ederson comprometeu ao sair da baliza, permitindo que Igor Paixão chegasse primeiro à bola e depois cruzasse para Hancko (89’), que disparou de cabeça para fechar um jogo absolutamente memorável para os neerlandeses. Já para os citizens, tratou-se de mais um pesadelo nesta época.