Luís Castro já não é o treinador do Al Nassr. O português abordou competitividade da Liga Saudita e rivalidade com Al Hilal.

Foi em entrevista ao jornal Marca que Luís Castro destacou a importância de gerir expectativas. O técnico falou na passagem pelo Al Nassr marcada por algumas desilusões.

«Foi uma temporada muito densa, com muitos jogos. Havia uma grande expetativa pelos jogadores que tínhamos no plantel. Cristiano Ronaldo, Sadio Mané, Brozovic Laporte, entre outros. De fora, pensam “Vão ganhar tudo”, mas os nossos rivais perseguiam o mesmo objetivo. Ficámos com a sensação de que, sem o Al Hilal, as coisas teriam sido diferentes, mas a vida é assim. Muitas vezes o Real Madrid não consegue os objetivos porque existe o Barcelona e vice-versa. Uma equipa não deixa de ser grande porque não ganha», vincou o treinador que completou raciocínio.

«O Al Hilal também tinha o Aleksandar Mitrovic, João Cancelo, Rúben Neves, Yassine Bounou, Milinkovic-Savic… Bateu o recorde do Guinness de vitórias consecutivas, mas não podemos refugiar-nos nisso ou em momentos pontuais, como o penálti falhado, que nos teria dado a Taça do Rei», destacou Luís Castro.

Sobre a Liga Saudita, Luís Castro destacou a importância de analisá-la à luz do seu contexto e comparou-a ao campeonato espanhol.

«Comparar ligas é complicado. Cada uma tem um contexto diferente devido à cultura, ao clima… Algumas são mais técnicas, outras físicas, outras táticas. Na Arábia Saudita, por exemplo, os jogos acontecem a 45 graus, o que obriga a um ritmo mais calmo e a adotar estratégias diferentes. De qualquer forma, é uma liga forte, um pouco polarizada. Al Nassr, Al Hilal, Al Ittihad e Al Ahli dominam o topo, assim como acontece na Espanha com Real Madrid, Barcelona ou Atlético Madrid», referiu o treinador.

Luís Castro foi despedido no arranque da temporada do Al Nassr após apenas duas vitórias em seis jogos.