
O MotoGP regressa à América do Sul para a segunda ronda da temporada 2025, e todas as atenções estão voltadas para Marc Márquez. O espanhol chega à Argentina como líder do campeonato pela primeira vez em 93 Grandes Prémios e como o alvo principal numa pista onde já brilhou. Conseguirá alguém travá-lo em Termas de Río Hondo?
Márquez e a Ducati: O casamento perfeito?
Após um início avassalador ao serviço da Ducati Lenovo Team, Márquez chega à Argentina embalado pela sua dobradinha na Tailândia. O #93 foi o primeiro vencedor em Termas e soma três vitórias no circuito. A Ducati, contudo, não tem um grande histórico na pista argentina, contando apenas com a vitória de Marco Bezzecchi em 2023. Márquez não compete no traçado desde 2019, quando venceu com uma margem esmagadora de quase 10 segundos sobre Valentino Rossi. Será este mais um fim de semana de domínio?
O seu companheiro de equipa, Francesco Bagnaia, nunca subiu ao pódio em Termas, mas depois de dois pódios consecutivos em Buriram, espera-se que esteja na luta pela vitória.
Alex Márquez e Ai Ogura: A surpresa do primeiro GP?
Alex Márquez (BK8 Gresini Racing MotoGP) surpreendeu na abertura da temporada ao liderar parte do Grande Prémio e garantir um forte quinto lugar na Sprint. O #73 conquistou o seu primeiro pódio com a Ducati em Termas no ano passado e tem razões para estar confiante. Já Ai Ogura (Trackhouse MotoGP Team) teve a melhor estreia em MotoGP desde a de Márquez em 2013, terminando em sexto. O japonês já subiu ao pódio em Termas na Moto2, um bom presságio para esta segunda ronda.
Franco Morbidelli (Pertamina Enduro VR46 Racing Team) também demonstrou um bom nível na Tailândia e espera continuar na frente, contando com o apoio dos adeptos brasileiros que viajam até à Argentina para apoiar os pilotos latinos.
Bezzecchi e Aprilia: Será Termas o palco ideal?
Marco Bezzecchi começou bem a sua nova fase com a Aprilia, terminando no top 6 em Buriram. O italiano venceu em Termas em 2023 e pode dar à fábrica de Noale mais um grande resultado no traçado onde Aleix Espargaró garantiu a primeira vitória da Aprilia em MotoGP em 2022.
Enquanto isso, Fabio Di Giannantonio (Pertamina Enduro VR46 Racing Team) mostrou sinais positivos na Tailândia, depois de uma pré-temporada marcada por lesões. O mesmo se aplica a Brad Binder (Red Bull KTM Factory Racing), que teve de recuperar desde a quinta fila da grelha para garantir um duplo oitavo lugar. Já Pedro Acosta enfrenta um novo desafio ao pilotar uma MotoGP em Termas pela primeira vez.
Honda e Yamaha: Progresso, mas ainda longe da frente
A Honda mostrou melhorias claras face a 2024, com Johann Zarco (CASTROL Honda LCR) a alcançar o sétimo lugar na Tailândia. O estreante Somkiat Chantra teve uma estreia sólida e Joan Mir demonstrou velocidade antes da sua queda. Já na Yamaha, Fabio Quartararo brilhou na Sprint, mas teve dificuldades na corrida principal. Jack Miller (Prima Pramac Yamaha MotoGP) mostrou boas indicações na qualificação, mas ainda precisa de traduzir essa performance em resultados na corrida.
Bastianini e Viñales: A reviravolta que falta à KTM?
Enea Bastianini (Red Bull KTM Tech3) teve um início discreto, mas destacou-se no final da corrida da Tailândia, enquanto Maverick Viñales, que já venceu em Termas, quer recuperar terreno. Entre os rookies, Fermín Aldeguer pontuou na sua estreia e procura mais, e Raúl Fernández (Trackhouse MotoGP Team) quer corrigir o mau resultado da primeira ronda.
Quem pode travar Márquez?
Três vitórias não fazem de Márquez o rei incontestado de Termas, mas é inegável que a pista lhe assenta como uma luva. A grande questão é se alguém conseguirá quebrar a sua sequência vitoriosa ou se o #93 continuará a sua caminhada imparável rumo ao título. As respostas chegarão no próximo domingo.