
Após a conquista da Taça de Portugal, o técnico do Benfica Marcel Matz aplaudiu os seus atletas, que derrotaram o Leixões (3-0) na decisão da final-four de Matosinhos.
"Acho que o volume de jogo defensivo, entre serviço, bloqueio e transição, acabou por se completar um pouco mais, mas hoje foi um dia em que eu não gostei particularmente do serviço. Já fizemos melhor em treino. O serviço que causou mais dificuldade para lá foi um serviço de jogo de praia. É uma proposta de trabalho no voleibol, ter um melhor nível na pancada", disse o treinador.
"O jogo foi complicado, o primeiro e o segundo set foram complicados. No terceiro, conseguimos abrir muito. Já era muito difícil de acreditar, pensando do ponto de vista do Leixões, quando já está 2-0 e aquela diferença toda a meio do set. Mas eles continuaram a lutar e ainda passou um tempo no 24-19. Gostei de vários aspetos do jogo. Uns jogadores estiveram melhor, outros nem tanto", comentou Marcel Matz.
"Alguns deles já não jogavam tão bem há algum tempo. A entrada do Japa deu tranquilidade à equipa, um jogador com muita experiência e qualidade, não tão físico como o Pablo Natan e o Nivaldo. Tenho a sorte de ter plantel grande, que dá a possibilidade de ter sempre seis jogadores competitivos lá dentro", sublinhou o treinador das águias.
"Esta vitória vai dar força, mas também é uma dor de cabeça para mim. Todos querem jogar, treinar. Hoje estamos com jogadores a mais do plantel até para treino. Está difícil colocar todos a treinar, mas isso, na hora do jogo, é uma virtude", sublinhou Marcel Matz.
"Conseguimos ser primeiros na fase regular, só com uma derrota. Fomos consistentes e agora podemos decidir em nossa casa, mas isso não quer dizer nada. Quer dizer que a gente vai ter mais apoio, sendo que hoje tivemos menos. Parabéns aos adeptos do Leixões, que foram educados e apoiaram bem a sua equipa para um espetáculo incrível. A partir de agora, vamos ter a força das bancadas mais vezes", atirou.
Já Tiago Sineiro, treinador do Leixões, foi claro na análise. "O segundo set teve um impacto tremendo. Especialmente, também com a carga que já trazíamos de ontem [sábado, na meia-final contra o Castêlo da Maia (3-2)]. E, depois de estar a perder 2-0 com o Benfica, é sempre complicado. O poderio físico notou-se. O Benfica serviu muito bem, nós sofremos muito com isso. Ganhou bem e agora vamos continuar a lutar. A época não acabou. Temos uns quartos de final do campeonato para tentar ganhar frente ao Castêlo da Maia. Parabéns ao Benfica", disse.
"Decidiu o melhor serviço do Benfica e a maturidade nos momentos decisivos, em que consegue tomar melhores decisões. Depois, o desgaste também chega quando a parte emocional vem um bocadinho abaixo. Foram estes os três fatores", sublinhou o treinador do Leixões.
"O nosso projeto é muito sério. Nós vamos continuar a querer chegar o mais longe possível. Para já, é tentar ganhar os quartos de final [do campeonato]. E depois, muito provavelmente, voltar a enfrentar o Benfica nas meias-finais e vamos à luta. É o que nos compete fazer", terminou.