O antigo diretor da equipa Haas de Fórmula 1, Guenther Steiner, revelou os extremos a que o proprietário da equipa, Gene Haas, recorreu para cortar custos e poupar dinheiro durante o seu tempo na equipa. Após ser despedido em janeiro deste ano, Steiner começou a partilhar as suas experiências, incluindo alguns detalhes surpreendentes sobre as estratégias de contenção de despesas de Haas para a menor equipa da F1.

No seu novo livro Unfiltered, Steiner confirmou uma história que levanta sobrancelhas, na qual Haas insistiu em devolver uma lata de feijão cozido após Steiner ter recusado comê-los durante uma refeição. O momento destacou o quão profundamente a necessidade de poupar dinheiro estava enraizada na cultura da equipa sob a liderança de Haas. “Isto é real,” disse Steiner. “Eu contei essa história ao ghostwriter, e ele disse: ‘Estás a inventar isto?’ Eu respondi: ‘Não, isto é verdade! Isto é o que vivi durante 10 anos!’”

Desde que foi despedido, Steiner assumiu um novo papel de sucesso como comentador e apresentador na RTL, mas é claro que ainda nutre frustração sobre a forma como a sua saída da Haas foi tratada. Em particular, expressou desilusão pelo facto de a sua rescisão ter sido feita através de uma chamada telefónica, considerando-a “barata” dado o crescimento substancial e o sucesso que afirma ter trazido à equipa durante a sua década de mandato.

“Fazê-lo assim [através de uma chamada telefónica] é um pouco barato se construíres uma empresa para alguém e lhe fizeres meio milhar de milhões de dólares,” observou Steiner, enfatizando a sua insatisfação com a forma como a sua saída foi gerida.

Steiner também indicou que a sua relação com a Haas é pouco provável de ser reparada, afirmando que não tem interesse em falar com o seu antigo chefe daqui para a frente. “A última coisa que quero é falar com ele, já não preciso dele,” confirmou Steiner, sinalizando uma separação clara enquanto embarca num novo capítulo da sua carreira.