Depois de ter ter estado longe das pistas devido à queda sofrida na Indonésia e à consequente cirurgia a que foi submetido, Miguel Oliveira está de regresso às pistas este fim-de-semana para o derradeiro Grande Prémio da temporada. "Estou feliz por estar de volta, por fazer o contacto com toda a equipa. Não foram tempos fáceis, sobretudo num período em que julguei que podia voltar, mas ainda era cedo para isso. Não sei quanto é que o pulso me pode limitar mas estou otimista. Não estou a 100%, mas a uns bons 90%", afirmou o piloto português esta quinta-feira à Sport TV.

Em Barcelona, o piloto da Trackhouse fará também a sua última corrida pela equipa norte-americana satélite da Aprilia, um marco que não deixou de assinalar. "É sempre bom deixar a equipa num bom tempo e com um bom resultado mas não sei o que posso esperar. O circuito presta-se muito bem à nossa mota. O objetivo neste momento é muito mais o futuro do que deixar a equipa com uma vitória, mas se puder acontecer é um enorme gosto".

A presença de Miguel Oliveira neste fim de semana de provas abre assim também caminho à participação nos testes na terça-feira, os seus primeiros com a Yamaha da Prima Pramac que passará a utilizar em 2025, um dia que Miguel Oliveira antevê... "corrido". "Não vamos ter muito tempo para nos adaptar à mota, mas a primeira sensação é pouco indicativa. Depois vamos para as férias de inverno com essa sensação e chegar a Sepang o mais bem preparados possíveis. Jack Miller? Sempre tivemos uma boa relação, é um tipo muito engraçado, o ambiente na box vai ser relaxado", sublinhou.

A última prova do Mundial deste ano vai decorrer em Barcelona, depois de Valência ter saído do calendário devido à tragédia que assolou a região com as chuvas fortes e grandes inundações a causarem mais de 200 mortos, e sob o mote da solidariedade também com um leilão cujas receitas vão reverter para ajudar a Comunidade de Valência, uma forma de "trazer alguma esperança aos mais afetados", como sublinha Miguel Oliveira que vai doar "um capacete, um fato e botas".

Sobre o título, Miguel não tem dúvidas: "É um fim de semana de 37 pontos e acho que se tudo correr na normalidade Jorge Martín vai conquistar o título porque tem muita margem; Pecco [Bagnaia] tem de ir atrás do prejuízo, o que não vai ser tão simples ou fácil. Tem sido um campeonato interessante, qualquer um dos dois seria merecedor do título".