O antigo árbitro internacional português José Veiga Trigo faleceu esta terça-feira, com 73 anos, no hospital da cidade de Beja, onde estava internado há duas semanas. O ex-juiz morreu depois de ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC).

Veiga Trigo começou por ser árbitro de algumas partidas no Liceu da cidade alentejana, acabando por ser convidado pelo Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Beja a arbitrar partidas oficiais.

A estreia no principal escalão do futebol português deu-se na temporada de 1978/79, depois de passar uma época na 3.ª divisão e outra na segunda, vindo dos distritais. Veiga Trigo foi construindo uma verdadeira imagem de árbitro duro, conhecido pela rígida aplicação das leis de jogo, mas nem por isso deixou de fazer a estreia em jogos internacionais.

Essa aconteceu a 20 de fevereiro de 1987, num jogo entre a Espanha e Malta. Foram quase vinte anos de carreira ao mais alto nível futebolístico, sendo a última partida que arbitrou foi um Desportivo Chaves - SC Braga.

O presidente do Conselho de Arbitragem, José Fontelas Gomes, não ficou indiferente à morte de Veiga Trigo. Numa mensagem publicada no site da FPF, referiu que o antigo árbitro «construiu uma carreira sólida na arbitragem», acrescentando que «deixou uma marca indelével, marcando gerações».

José Veiga Trigo nasceu em Beja, a 7 de julho de 1951, mas além do futebol, também era um reconhecido amante do ciclismo, chegando a ser um dos condutores das viaturas da Volta ao Alentejo. E não só. Foi presença assídua na Volta a Portugal e Volta ao Algarve, como repórter da Rádio Horizonte Algarve/Tavira.

Nas redes sociais, Pedro Proença, antigo árbitro e atual presidente da Liga Portugal, reagiu à morte de Veiga Trigo: «Hoje, a arbitragem portuguesa perde uma das suas maiores referências. Até sempre, Veiga Trigo. Os meus pensamentos estão com a sua família e com toda a comunidade da arbitragem portuguesa.»