O Nantes já fez um treino de ambientação ao Pavilhão João Rocha, para o embate desta quarta-feira frente ao Sporting, na 2.ª mão dos quartos-de-final da Champions, onde o Sporting procura o 50.º jogo consecutivo de invencibilidade em casa e reverter a desvantagem trazida de França na 1.ª mão (27-28).

Os vice-campeões gauleses tinham tudo programado para viajarem até Lisboa na segunda-feira, mas acabaram retidos em solo francês devido ao apagão elétrico que afetou Lisboa e os voos no Aeroporto Humberto Delgado, pelo que só puderam viajar quando a situação ficou normalizada.

Segue-se um duelo do tudo ou nada, o jogo do ano para o Sporting, que procura ser o primeiro clube português presente numa Final-4 da Champions no novo formato, enquanto o Nantes, que contará com cerca de 100 apoiantes no João Rocha, pode carimbar a sua terceira tentativa para ser campeão europeu.

O experiente ponta espanhol e capitão da equipa, Valero Rivera (40 anos), espera dificuldades, em declarações ao site do Nantes: "O Sporting causou-nos muitos problemas em nossa casa, merecíamos melhor e, acima de tudo, poderíamos ter feito melhor. Somos competitivos, sempre queremos mais."

Já o treinador Grégory Cojean deixou mensagem positiva, mas denotando uma certa apreensão face à categoria dos leões: "A decepção acabou. Sinto que o grupo está focado e motivado, confiante de que somos capazes de fazer um grande jogo em Lisboa. Podemos jogar muito melhor, mas talvez o Sporting também possa..." 

Grégory Cojean adiantou: "O Sporting é uma equipa muito difícil de defrontar, é tenaz. Em casa, tem energia e confiança extra, teremos de gerir o ambiente adverso, ignorar, estar totalmente focados no nosso jogo, não nos deixarmos distrair. Os adeptos do Sporting são muito quentes. Não sei qual dos dois tem mais pressão, mas o certo é que ambos os clubes estão perto de chegar à Final-4 de Colónia."

O técnico do Nantes perspetivou aquilo que vai ser o epílogo de uma eliminatória que apura para o maior evento do ano ao nível de clubes: "Estamos cientes do que está em jogo. É uma questão de intensidade, pressão, gestão emocional. É uma partida decisiva, as bolas são sempre mais pesadas. Provavelmente, tudo se resumirá aos detalhes, aos momentos-chave da partida. Precisaremos de muita personalidade, lucidez e concentração neste contexto extremamente adverso."