A primeira página de A BOLA de 20 de abril de 1981 apelava a uma «exibição do outro mundo» do Benfica dois dias depois, a 22 de abril, na receção aos alemães (então de leste) do Carl Zeiss Jena, encontro da segunda mão das meias-finais da já extinta Taça dos Vencedores das Taças.

Na primeira mão, a 8 de abril, os encarnados haviam perdido, por 0-2 (golos de Andreas Bielau aos 8' e de Jurgen Raab aos 15'), pelo que só a vitória por três ou mais golos de diferença — «venham daí três golos!» — colocava a equipa então orientada por Lajos Baroti (e na qual pontificavam, entre outros, Bento, Pietra, Humberto Coelho, António Bastos Lopes, Veloso, Carlos Manuel, Shéu, Nené, Chalana, Reinaldo e Jorge Gomes, o onze eleito para a 2.ª mão) na final da competição europeia.

Com cerca de 80 mil espectadores nas bancadas da Luz a empurrarem o Benfica, o melhor que a águia conseguiu foi uma magra vitória, por 1-o, cortesia de Reinaldo aos 59'. E assim o Benfica disse adeus à Taça das Taças.