«Estou feliz, mas não satisfeita. Não ganhei, não é…», explicou Patrícia Sampaio (6.ª do ranking) após ter arrebatado o bronze, nos -70 kg, no Grand Slam de Tbilisi ao derrotar Barchinoy Koditova (171.ª), com um ippon em apenas 13s, mas devido a lesão da adversária na primeira projeção da portuguesa. A uzbeque terá ficado com a perna mal colocada na queda e magoou-se seriamente.

«Não gosto que as coisas acabem assim. Queria ganhar, mas não desta forma. Nem sei bem onde ela se magoou [joelho ou tornozelo]. Não reajo bem a essas coisas…», justificou quem já teve a carreira marcada por complicadas lesões.

Medalhada em todas as etapas (3) do Circuito Mundial a que foi desde que, em agosto, conquistou o 3.º lugar nos Jogos de Paris 2024, Patrícia, de 25 anos, surgiu fulminante em todos os combates – no total não chegou a estar no tapete 4m -, perdendo apenas nas meias-finais face à colombiana Brenda Olaya (22.ª) – que nunca havia enfrentado -, por imobilização, aos 2.15m.

Não estar satisfeita deve-se à maneira como acabou o combate com a colombiana? «Não foi como perdi. Seja lá como fosse que tivesse perdido, e não ter ganho a prova, ficaria insatisfeita. Mas sim, fique chateada pela maneira como aconteceu», acaba por considerar. «Só que tinha que seguir, ainda iria ter mais um combate pela frente. Mas fiquei chateada… vinha para ganhar - como todas – e era bastante possível», acrescenta.

Foi o segundo pódio de Sampaio em 2025 e os 500 pontos que obteve para o ranking deverão colocá-la na 4.ª posição. Em fevereiro, havia vencido o Grand Slam de Paris, torneio que abriu o Circuito. Em dezembro, encurtando as férias pós-Jogos porque não queria ficar muito tempo parada, foi o bronze no Grand Slam de Tóquio.

Tal como no derradeiro combate na capital da Geórgia, frente a Koditova, 19 anos, os dois primeiros, haviam também sido bastante rápidos.

Principal cabeça de série e tendo ficado isenta da ronda inaugural, nos oitavos de final começou por eliminar a brasileira Beatriz Freitas (91.ª), por ippon, em escassos 29s.

Rápido? Bem, minutos mais tarde, nos quartos de final, ultrapassou a croata Petrunjela Pavic (38.ª) por ippon, em apenas 12s!

O mais longo foi mesmo frente a Olaya (22.ª), que terminou aos 2.15m com imobilização e levou-a para o confronto pelo bronze. Olaya terminou com a prata ao peito ao perder a final ante a eslovaca Metka Lobnik (18.ª), por… imobilização.