Francesco Bagnaia salvou dois pontos na corrida Sprint do GP do Qatar de MotoGP, mas o sábado em Losail não foi nada bom para o piloto da Ducati – que caiu na qualificação e ficou relegado ao 11.º posto na grelha de partida.

O italiano assumiu o erro que o levou a cair na qualificação: ‘Errei na qualificação. Honestamente, no FP2 fui bastante veloz com pneus usados, a sensação foi fantástica, e fui capaz de fazer o que eu queria. Depois, na qualificação, na primeira tentativa eu não estava contente com o que estava a sentir. E na segunda tentativa estava tudo bem e eu fui capaz de atacar. No Setor 1 já estava abaixo do meu melhor de ontem. Então, só tentei atacar como eu queria, mas ataquei demais na curva 4, então cheguei um pouco veloz demais e quando tentei deixar a moto entrar perdi a dianteira depois de perder um pouco a traseira. É completamente erro meu, porque nesta situação quando não és capaz de fazer uma boa volta logo na primeira tentativa, só precisas de estar mais calmo, de estar mais à frente. Mas eu estava a tentar, era o meu momento de tentar e simplesmente caí’.

Com o 11.º posto na qualificação, Bagnaia estava ciente que tinha uma tarefa difícil na corrida Sprint: ‘A partir desse momento, sabia mais ou menos que na corrida Sprint poderia ser mais difícil. Porque já são três épocas em que fazemos corridas Sprint, e tenho dificuldades para ultrapassar pilotos. Quando arranco de trás não consigo travar como quero; ainda é difícil entrar o motivo do meu ponto de vista, porque a diferença é só o depósito de combustível. Mas sou o único a ter este tipo de sensação’.

Consciente que precisa de melhorar nas corridas Sprint ao não conseguir ultrapassar se partir de posições mais recuadas, o #63 reconhece a necessidade de trabalhar neste aspeto. Enquanto isso, está confiante nas chances de pódio na corrida principal em Losail.

Sobre os motivos para as dificuldades nas corridas Sprint, Bagnaia comentou: ‘O problema é que o meu desempenho vem em travagem. Quando travo forte e consigo entrar rápido na curva, sou veloz. E, com o depósito de combustível da corrida Sprint, o equilíbrio da moto é um pouco diferente e não consigo travar como quero porque começo a ter muito mais bloqueio da dianteira. E este é o meu maior problema. Na corrida nunca tive a mesma sensação do que na Sprint. É muito claro, várias vezes. Também aqui no ano passado parti de quinto ou quarto, e depois era sétimo ou sexto na primeira volta. Na corrida de domingo eu era primeiro após três curvas. O mesmo em Jerez – acabei em primeiro a primeira volta da corrida longa. No sábado parti de trás. É algo que sabemos, é algo que precisamos de melhorar, mas estou com dificuldades para melhorar. Estamos a experimentar diferentes coisas, mas não está a resultar’.