Pepe foi o porta-voz da seleção portuguesa na conferência de imprensa realizada em Marienfeld, quartel-general da equipa das Quinas no Euro 2024. A três dias do embate dos oitavos com a Eslovénia, o central luso começou por deixar «os sentimentos» à família de Manuel Fernandes - antiga glória do Sporting que faleceu esta quinta-feira -, partindo depois para a análise ao momento da equipa e individual.

Palavras a António Silva?: «Falei com ele. Como dizemos em várias ocasiões, somos uma família e temos de cuidar de quem faz parte. Não vou dizer o conteúdo da conversa.»

Dificuldades com defesa a três: «Em primeiro lugar, há muita dúvida sobre a linha defensiva, mas o mais importante quando atacamos uma equipa muito fechada é ter essa flexibilidade de que o nosso mister fala tanto. Obviamente, é muito difícil atacar uma equipa com onze jogadores atrás da linha da bola. Cabe-nos continuar a acreditar no processo, a trabalhar cada vez mais para encontrar os espaços que há e explorá-los da melhor maneira possível.»

Final da carreira internacional para depois: «É a paixão que tenho pelo futebol. Já disse várias vezes que sinto um privilégio por fazer o que mais gosto, com muita concentração competitiva, o amor que coloco, tanto no treino, como no jogo. É isso. Ainda não pensei sobre isso [terminar a carreira internacional no pós-Euro].»

Derrotas lusas na ausência de Pepe: «É uma coincidência. Quando partimos para um jogo, temos três resultados. Essas derrotas... Perdemos quando devíamos perder. Agora, há que tirar ilações dessa derrota e perceber o que não fizemos, se cumprimos o que o mister pediu e o que tentar não fazer no jogo seguinte. É o grande desafio que temos, de melhorar sempre para poder continuar com este ciclo vitorioso que tivemos no apuramento.»

Seleções mais fortes àquem do esperado?: «Não sei se já tiveram oportunidade de ver a estatística da fase de grupos: Portugal é das melhores seleções ao nível estatístico. Essa nota artística... Os adeptos sabem. Desde o primeiro jogo ao último, estiveram sempre connosco. O mais importante foi o facto de, no primeiro jogo, contra a Chéquia, termos estado a perder e os adeptos continuaram a apoiar. Se calhar, foi essa confiança que tiveram que fez com que déssemos a volta ao resultado.»

Portugal no «lado» mais complicado?: «Se eu pudesse escolher... Queria ser campeão outra vez. Com todo o respeito pelas outras seleções de um lado e outro... Vai ser uma caminhada muito difícil, dura, mas temos de estar juntos.»

«Seca» de Ronaldo na fase de grupos: «O Cristiano vive de golos. É um facto, mas já viram que a disponibilidade que tem em campo para ajudar a seleção é incrível. É o jogador com mais minutos na nossa equipa, com 39 anos. Está muito bem, vai estar muito bem para esta fase final e tenho a certeza de que ainda nos vai dar muitas alegrias.»