Portugal venceu Angola por 4-0 esta terça-feira, em jogo da segunda jornada do Grupo A do Campeonato do Mundo de hóquei de patins, a decorrer em Novara, Itália, e igualou a Argentina na liderança, com duas vitórias em duas partidas.

A seleção nacional não fez uma exibição entusiasmante, longe disso, principalmente na primeira parte, que terminou a vencer por 1-0, deixando o jogo em aberto, mas consolidou a vantagem, garantindo a vitória, ainda nos primeiros minutos da etapa complementar.

Portugal marcou cedo (2 minutos), na sequência de livre direto, por Gonçalo Alves, e descansou sobre a vantagem, talvez pensando que, alcançado o que teoricamente seria mais difícil, os golos se sucediam.

Se foi assim, puro engano. A toada parcimoniosa da equipa lusa foi facilmente contrariada pela boa organização defensiva da seleção angolana, que amiúde não se coibiu de fazer perigar a baliza de Ângelo Girão.

O selecionador nacional Paulo Freitas bem pediu «simplicidade no jogo» aos seus jogadores, mas estes deram-lhe tanta que se traduziu em inoperância. Processos previsíveis de Portugal resultaram, sem espanto, em escassas oportunidades de golo, e muito poucas foram de… golo feito. Angola, despretensiosa, preferiu a defender bem e atacar só pela certa, e num contra-ataque, por menos de um segundo, após a buzina final da primeira parte, que não chegou à igualdade.

A segunda parte iniciou-se praticamente como a primeira. Com golo de Portugal, apenas diferente na forma como foi obtido, agora em jogada corrida, com troca de bola rápida e concretização 'à boca' da baliza por Hélder Nunes. O segundo tento constituía desde logo uma 'almofada' no jogo para Portugal, mas acima de tudo ensejo a que a Angola arriscasse... demasiado e Portugal enfim aproveitasse.

E nem a pedido! O terceiro golo não tardou. João Rodrigues (8') marca em recarga a um ressalto junto à baliza.

Portugal passou a estar bem mais confortável no encontro e Angola muito menos organizada e concentrada, além de acumular nove faltas com 15 minutos ainda por jogar. Maior suscetibilidade defensiva contrária que o selecionador português quis que os seus jogadores explorassem.

Portugal ficou com a partida sob controlo e a sete minutos do final Angola atinge a 10.ª falta, mas no consequente livre direto Gonçalo Alves não concretiza, permitindo a defesa do guarda-redes.

Após isto, o selecionador luso pediu aos seus jogadores que insistissem na ofensiva, mas que, preferencialmente, não sofressem golos. E estes fizeram-lhe a segunda vontade. João Rodrigues fixa o resultado a 2 minutos do final, culminando ataque veloz quando a equipa beneficiava de vantagem numérica.

O jogo termina pouco depois como a primeira parte, com golo marcado após a buzina e… anulado. Agora de Portugal.

Portugal defronta Argentina, campeões mundiais em título, na quarta-feira (17h30), em encontro que decidirá o primeiro classificado do agrupamento.