

Portugal está a passar por uma evolução bastante interessante. Arredada dos grandes palcos internacionais, a Seleção Nacional volta a marcar presença no Eurobasket, em 2025, 14 anos depois.
Em paralelo, as equipas portuguesas têm conseguido melhorar as suas prestações em competições internacionais. Em 2022/2023, o Benfica alcançou mesmo a fase de grupos da Liga dos Campeões e atingiu os quartos de final da FIBA Europe Cup.
A aposta na formação, com estruturas mais profissionais nas grandes equipas, como Porto, Benfica e Sporting, é uma das principais razões para o facto.
O aparecimento e afirmação de André Cruz, Rafael Lisboa e de Voytso, para além da afirmação Queta na NBA, depois de ter iniciado o seu percurso no campeonato português, são provas do crescimento nacional.
Igualmente de realçar é o aumento do número de competições nos escalões de formação e a aposta da Federação Portuguesa de Basquetebol no 3×3. O basquetebol deixou de ser uma modalidade de nicho para se tornar uma escolha cada vez mais em voga entre os jovens portugueses
No entanto, os clubes continuam a apostar nos jogadores estrangeiros, especialmente os norte americanos. Mesmo assim, até nesse parâmetro, estamos melhores. A qualidade e o currículo dos jogadores que são atraídos pelos emblemas nacionais aumentaram. Existem já vários casos de jogadores com percurso feito na NBA que vieram para Portugal e não só de passagem, como é o caso de Toney Douglas.
Obviamente que ainda há muito por fazer. Ainda falta ter maior interesse mediático, investimento financeiro, e uma maior valorização dos atletas portugueses. O facto de existir competições europeias fechadas não é nada favorável em Portugal. Contudo, o caminho já está a ser trilhado. Agora, é continuar a caminhar, com ambição, consistência e paixão.
O basquetebol português tem tudo para deixar de estar na sombra e passar a ser uma potência europeia. Tudo dependerá dos próximos passos, mas o futuro é promissor.