Portugal na final do Mundial sub-19

Seleção praticamente resolveu a meia-final contra os campeões mundiais da Argentina ao chegar ao intervalo a liderar por 5-1, mas depois procurou defender a vantagem e acabou o jogo a sofrer com a recuperação do adversário no marcador.

Miguel Candeias

A Seleção de hóquei em patins sub-19 venceu, esta sexta-feira, a Argentina por 5-4 nas meias-finais do Mundial de Novara-2024, em Itália e vai discutir o título contra o vencedor do confronto Espanha-Itália. Num jogo emocionante até ao fim, Portugal protagonizou uma primeira parte de alto nível (5-1) e derrotou a campeã do mundo em título.

Com 3m decorridos, Viti inaugurou o marcador, com um remate forte, sem hipótese para o guardião argentino. Gui Azevedo rematou de longe para o 2-0 e, na resposta, a Argentina reduziu. Portugal continuou a dominar e a maecar, com mais dois golos de Tomás Santos e um de Martim Costa.

Na segunda parte, a Argentina reagiu e criou dificuldades, conseguindo reduzir para a margem mínima.

Após o jogo, o guarda-redes de Portugal, Afonso Venda, revelou estar com «um sentimento de trabalho bem conseguido e de orgulho de estar pela primeira vez numa final do mundial». Sobre a partida, referiu que foi «uma primeira parte bem conseguida», ao contrário da segunda.

«Na segunda parte, não estivemos mal, mas podíamos ter estado melhor e ter acabado com o jogo mais cedo, e não estar naquele sofrimento até ao fim. As pessoas que estão a ver em casa podem ter certeza de que vamos fazer os máximos possíveis para conseguir levar o caneco para Portugal», prometeu.

Já o selecionador nacional Vasco Vaz, confessou que a vitória deu «uma sensação ótima», e que a Seleção conseguiu o objetivo de chegar à final. «Na primeira parte, Portugal dominou, foi superior, criou oportunidades e concretizou, defendeu bem e conseguiu quebrar o forte da Argentina em termos ofensivos.

«Depois, claudicámos, provavelmente pela ansiedade de todos quererem chegar ao fim do jogo rapidamente e demos ali alguns passos errados e deixámos que a Argentina criasse o jogo dela», assinalou.

«Agora é preciso recuperar e ter a consciência do que foi hoje, de bom e de mau, e não cometer os erros que cometemos, seja contra a Itália ou com a Espanha. Mas estou confiante neste grupo e penso que amanhã vão corresponder àquilo que todos nós desejamos», concluiu.