
Miguel Albuquerque foi reeleito como presidente da região autónoma da Madeira, que lidera desde 2015. O PSD, com 43% dos votos dos madeirenses, elegeu 23 deputados e fica a um da maioria absoluta. CDS e Iniciativa Liberal mantêm representação parlamentar e podem formar um acordo parlamentar com os sociais-democratas.
O PS foi o maior derrotado da noite, ao ter reunido apenas 15% dos votos e oito mandatos. Em 49 anos de democracia, os socialistas nunca conseguiram liderar a região Autónoma dos Açores. O partido liderado por Paulo Cafôfo perdeu o estatuto de segunda força política madeirense para o JPP, que somou 21% e elegeu 11 deputados.
No lado dos derrotados também se encontra o Chega, que perdeu um deputado, a CDU e o Bloco de Esquerda que voltaram a não eleger e o PAN, que perdeu representação parlamentar.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, reagiu à vitória social-democrata na Madeira, antes de Miguel Albuquerque: «O povo madeirense provou ter a paciência para resolver nas urnas aquilo que os partidos não foram capazes de resolver na assembleia legislativa e dar condições de governabilidade e estabilidade à região.»
Pedro Nuno Santos, líder do partido socialista admitiu a derrota, mas garantiu cooperação com o executivo regional: «No governo da república tudo faremos para garantir uma boa relação institucional com a Madeira, garantindo um desenvolvimento harmonioso em todo o território nacional».
Paulo Cafôfo, líder do PS Madeira, assume a responsabilidade pela derrota.
Recorde-se que Miguel Albuquerque, após ter sido constituído arguido por suspeitas de corrupção, demitiu-se do Governo regional em janeiro de 2024, quatro meses depois de ter sido eleito para um terceiro mandato. O líder do PSD Madeira voltou a vencer nas eleições disputadas em maio do ano passado, mas o executivo que presidia voltou a cair, depois de ter sido aprovada uma moção de censura proposta pelo Chega, em dezembro. Pelo terceiro ano consecutivo, volta a ser eleito.