
Foi um jogo quase perfeito para o Tottenham. Bem diferente das dificuldades que tem evidenciado na Premier League, a equipa londrina mostrou grande competência contra o Bodo/Glimt e só não deixou a eliminatória fechada, por o golo de Saltnes, já nos instantes finais, vai tornar o ambiente na Noruega ainda mais singular. Os Spurs venceram por 3-1, mas o resultado poderia te sido maior.
A equipa de Ange Postecoglou não poderia ter desejado melhor arranque. Os londrinos marcaram praticamente na primeira jogada do desafio. Johnson finalizou de cabeça, na área, após assistência de Richarlison, e deixou o ambiente do estádio do Tottenham mais favorável.
Os jogadores e a estrutura do Tottenham pediu apoio massivo e para que os adeptos estivessem vestidos de branco e ninguém faltou à chamada - tirando, naturalmente, os adeptos do Bodo/Glimt. A equipa londrina ficou bem ligada no jogo, com o golo inaugural e a primeira meia hora foi um recital de bom futebol e de uma estrutura plena de eficácia para manter a turma norueguesa longe da baliza de Vicario.

As avenidas de Maddison
O Tottenham apresentou um futebol bem seguro, com Bentancour e Bissouma a bloquear todas as ações da equipa de Knutsen e a darem liberdade a Maddison para explanar todas as suas ideias no tapete verde.
O internacional inglês construi vários lances de muito perigo, sempre com grandes acelerações e boas ligações entre Solanke e Richarlison. No entanto, foi com Porro que a ligação de Maddison foi direta. Os dois deram luz ao melhor golo da noite. O espanhol assistiu o inglês, que com um trabalhou individual, bateu Haikin pela segunda vez.
O segundo golo tirou grandes esperanças ao Bodo/Glimt, que até esse momento ainda não tinham criado perigo junto da baliza de Vicario.
Saber gerir, mas dar esperança
O Tottenham demonstrou a experiência de andar nos jogos decisivos das competições europeias à mais tempo de uma forma muito cínica. Os londrinos colocaram o Bodo/Glimt a correr sem bola e o jogo foi gerido na perfeição.

Quando a equipa norueguesa deu um ar da sua graça, o Tottenham voltou a marcar. De grande penalidade, a castigar uma falta sobre Romero, Solanke fez o terceiro golo.
Depois disso e com o resultado fechado, a equipa inglesa deixou cair sobre si a imagem que tantas vezes tem mostrado na Premier League. Foi desleixada, pouco efetiva e perdulária. Udogie falhou dois golos certos, por más decisões e nos minutos finais a crença norueguesa deu golo.
O trabalhado entre Hauge, Kjaer e Soltnes foi muito bem feito e a insistência do capitão foi bafejada pela sorte. O remate foi desviado por Romero e traiu Vicario. Foi o único remate enquadrado com a baliza feita pelo Bodo/Glimt durante todo o jogo.
O golo dá esperança à equipa norueguesa para o desafio da segunda-mão.