Quase nasceu na Colômbia e sonha ir ao Mundial: as histórias mais engraçadas de Werton

Extremo do Leixões está em Portugal desde o verão passado, mas já viveu várias curiosidades, que revelou em plena praia de Matosinhos

Desde que chegou ao Leixões, no início da temporada, Werton afirmou-se, desde cedo, como um dos jogadores mais promissores e importantes da formação do Mar. Proveniente do Flamengo, o extremo já apontou cinco golos e duas assistências, rendimento pontuado com números que já serviu para atrair interessados no mercado de janeiro, originando novelas como a que ocorreu com o V. Guimarães. 

Em declarações à Liga Portugal, Werton, de apenas 21 anos, revelou as incertezas que enfrentou quando chegou a Portugal, a primeira experiência fora do país. "Antes de chegar aqui, pensei que ia ser mais complicado. Se as pessoas iam gostar de mim, se eu ia gostar delas... Mas agora considero-as como uma família", começou por dizer o brasileiro, descrevendo o Leixões com essa mesma palavra: "Família, se for só uma palavra, tem de ser essa."

Uma união que ficou provada quando o extremo pintou o cabelo de... cor de rosa. "Ficou muito forte, quase da cor do chiclete. Eu estava em casa e, do nada, disse 'vou pintar de rosa'. Quando cheguei ao treino, o míster olhou para mim e disse 'vais cortar o cabelo'. Mas eu já fui careca uma vez, não gosto, não é nada bom", explicou Werton, prosseguindo com a forma como a questão, em tom de brincadeira, foi resolvida com a ajuda dos colegas do Leixões: "O míster fez uma votação com todos os jogadores para dizerem se eu devia raspar o cabelo ou não. Felizmente, todos entenderam que não era preciso."

"O próximo passo? Jogar no Mundial pelo Brasil, é um dos meus maiores sonhos", vincou Werton, que esteve muito perto de poder jogar por outra seleção, história curiosa que se relaciona diretamente com o local onde nasceu, o município de Benjamin Constant, no oeste do estado do Amazonas. "O sítio onde nasci faz fronteira com o Peru e com a Colômbia. O meu pai queria que eu nascesse na Colômbia, era para ser diferente (risos). Mas a mulher é quem manda, a minha mãe é que decidiu e, felizmente, nasci brasileiro", contou.

E por falar na canarinha, Werton tem um ídolo com quem até esteve recentemente. "O Neymar. Tive a oportunidade de tirar uma foto com ele quando era pequeno e fiquei todo feliz. Agora, estou mais velho e voltei a vê-lo, no ano passado", explicou o extremo, sempre bem-disposto e claramente ligado ao seu país-natal: "Talento? Gosto de forró, de dançar, o resto dos talentos as pessoas já sabem."

Marca recorde à vista

Titular absoluto no Leixões, Werton leva, além dos cinco golos e duas assistências, 27 encontros pela equipa principal dos matosinhenses na época de estreia no futebol português. Ora, apesar de o calendário no Brasil ser bastante preenchido, o extremo de 21 anos nunca fez mais do que 33 jogos numa só temporada num só escalão, tendo atingido a marca ao serviço dos sub-20 do Flamengo, em 2022.

Portanto, caso chegue a contabilizar minutos em todos os jogos até ao final do campeonato, onde restam apenas sete jornadas, Werton perfaz então 34 partidas na temporada, superando o máximo atingido até hoje.