
Portugal arrancou esta quinta-feira da pior maneira os quartos-de-final da Liga das Nações, com uma derrota por 1-0 em casa da Dinamarca. No final da partida, Roberto Martínez, o selecionador nacional, não escondeu o desagrado pela "pior exibição da Seleção nos últimos dois anos".
À RTP:
Foi um jogo mau da Seleção. Falhou o plano?
"Concordo. Foi a nossa pior exibição nos últimos dois anos, sem dúvida. Não tem a ver com o plano. Acho que, durante o jogo, não fizemos o que tínhamos de fazer para jogar com o ambiente, a agressividade da Dinamarca. Precisamos de jogos assim. Uma paragem de cinco meses, não entrámos com intensidade, a pressão da Dinamarca foi muito eficaz. Seria muito fácil para nós jogar bola longa e não tentar melhorar como equipa. Sofremos durante momentos. Acho que o Diogo Costa deu uma oportunidade para ir à 2.ª parte com confiança, acreditar, e com o apoio dos nossos adeptos vamos para o próximo jogo".
Foi apenas falta de agressividade?
"Falta de intensidade, não ganhámos duelos, não antecipámos as zonas que a Dinamarca gosta de explorar, faltou o facto de não perder a bola em situações desnecessárias, faltaram linhas de passe. Faltou uma sintonia necessária. A atitude foi fantástica, mas o nosso desempenho não esteve ao nível que esperamos. Os jogadores estão focados em aproveitar o apoio de Alvalade para terminar o que temos de fazer".
À Sport TV:
Não foi a exibição que Portugal pretendia...
"Certo, foi a pior exibição que fizemos nos últimos dois anos. Mostrámos uma falta de intensidade, de sintonia, e acho que a Dinamarca foi superior. Sofremos muito em alguns momentos de ações defensivas individuais. O Diogo Costa fez uma grande exibição. Mas precisamos de jogos assim para crescer, para preparar os torneios. A nossa Seleção hoje não esteve ao nível do que fazemos e trabalhamos. Permitimos à Dinamarca abrir o jogo, ter muitos contra-ataques, com perdas de bola. Faltou-nos ganhar duelos após perder a bola. Faltou o que habitualmente temos. Reação à perda, intensidade nos duelos. O ambiente aqui deu asas à equipa da casa. Mas temos uma segunda oportunidade. Esta foi a 1.ª parte, foi para a Dinamarca, e agora precisamos dos nossos adeptos em Alvalade".
Rúben Dias disse que a equipa não cumpriu deveres mínimos...
"Pensar é a primeira parte. Foi um jogo fora de casa, é tentar reagir ao que a equipa da casa vai fazer. Somos uma equipa que precisa de controlar o jogo, ser agressivos, olhar para a baliza, tentar marcar golos. E faltou isso. A Dinamarca esteve muito bem organizada e com uma ideia clara: ataques rápidos, colocar quatro ou cinco jogadores na zona central, e nós chegámos tarde nos duelos. Mas a atitude e a intensidade defensiva individual, as ações do Renato, do Rúben, do Diogo Costa, permitem-nos ainda estar numa posição para poder lutar no segundo jogo".