
Na antecâmara da primeira mão dos quartos de final da Liga das Nações, Roberto Martínez mostrou-se confiante para o embate frente à Dinamarca. Ainda assim, o selecionador nacional mostrou-se ciente do trabalho desenvolvido por Brian Riemer ao leme da equipa nórdica, garantindo que não pensará em gestão alguma face aos vários jogadores portugueses em risco para o jogo da segunda mão.
Condição de Francisco Trincão: «Já falei sobre os desafios inerentes ao estágio de março. Todos os jogadores começam a ter muitos minutos, mas não. O Francisco Trincão treinou muito bem, com muita intensidade. Diria que os três treinos que tivemos - o Nuno Tavares foi dispensado - mas todos os outros jogadores demonstraram intensidade e frescura. Gostei muito do ambiente que vi.»
Vitinha e João Neves de início?: «Ainda não falei com os jogadores sobre o onze inicial, o importante é o grupo. Estamos a falar de 25 jogadores. Temos nove jogadores com cartão amarelo e os quartos de final são uma oportunidade para atingirmos a final four. Não é fácil. A Liga das Nações é uma competição muito desafiante e estamos todos focados. É sempre bom ter jogadores a um bom nível e em bom momento de forma.
Já vimos a dupla do João [Neves] e o Vitinha a mostrar desempenhos de alto nível no futebol europeu. Diria que as estatísticas deles estão ao melhor nível. São dos melhores jogadores da Liga das Nações, mas temos de gerir bem. Temos muito bons jogadores e temos dois jogos pela frente. É importante o onze inicial, são importantes as substituições e depois os jogadores que vão jogar em Lisboa.»
Ronaldo pouco valorizado pela Dinamarca?: «No Manchester United, Cristiano Ronaldo era um ala, com situações de um contra um. Agora é um jogador diferente. É um ponta de lança. Já falei dos dados dele. 17 golos nos últimos 21 jogos. Está ao melhor nível na seleção e no mundo. O Cristiano está num momento muito bom. Não é o mesmo, claro. O seu papel na seleção é importante.»
Gestão dos jogadores em risco: «É importante, como selecionador, ter a responsabilidade de olhar para o que pode acontecer. Para amanhã não há uma limitação de jogadores com cartões amarelos. Isso faz parte do futebol. Temos a média de dois cartões amarelos por jogo. Há que ter o maior número de jogadores possível preparado para isso. Não estou a pensar nisso para amanhã.»
Abordagem para a primeira mão: «É simples: amanhã precisamos de demonstrar o melhor nível. Este estádio tem um ambiente incrível. Gosto muito da ideia do selecionador. Conheço bem o trabalho dele no Anderlecht e no Brentford. Gosta das suas equipas com pressão alta, a tomar riscos e a jogar olhos nos olhos. Fizeram isso diante de Espanha. Esta é a primeira parte, mas precisamos de estar ao melhor nível.
É importante termos muitas valências dentro do grupo. Mostrámos que ao trocar jogadores conseguimos ter um nível muito bom. É importante ter opções. Precisamos de continuar a crescer, mas respeitamos muito o que a Dinamarca pode fazer em casa. Conheço verdadeiramente o impacto e a energia que os adeptos transmitem à sua equipa.»
Crescimento até ao Mundial: «Temos um Mundial daqui a 15 meses. O objetivo global é continuar a crescer e a mostrar a melhor versão. Queremos ganhar. Temos de jogar 90 minutos para mostrar o que somos. Há que tentar ganhar e vamos continuar a crescer com a ideia de jogo que temos. É a melhor forma para utilizar o talento individual que temos no balneário.»