Se colocarmos de lado os níveis exibicionais de cada equipa antes e após as mudanças de treinadores e olharmos apenas para o lado prático das trocas, ou seja, as flutuações pontuais das equipas até final da primeira volta, constatamos o seguinte:

1. Nacional, FC Porto, Santa Clara, Estoril, Moreirense, Boavista e Casa Pia, obviamente, não melhoraram nem pioraram, porque mantêm os mesmos treinadores: Tiago Margarido, Vítor Bruno, Vasco Matos, Ian Cathro, César Peixoto, Cristiano Bacci e João Pereira;

2.Complicado avaliar o rendimento de Ricardo Silva (Famalicão), Carlos Cunha (Gil Vicente), Rui Borges (Sporting) e Daniel Sousa (SC Braga e V. Guimarães), pois estiveram ou estão no comando em menos de três jornadas de Liga e impossível avaliar Tozé Marreco (Gil Vicente), pois saiu antes de a época começar;

3.Tal como é difícil avaliar o impacto das entradas de Carlos Carvalhal (SC Braga) e Bruno Pinheiro (Gil Vicente), pois estiveram à frente das equipas em 16 das 17 jornadas. Ambos têm médias pontuais interessantes (1.88 e 1.19, respetivamente), mas não se pode falar no efeito de troca de treinadores.

4.Algumas equipas mantêm, sensivelmente, o mesmo rendimento pontual antes e depois das mexidas. Arouca melhorou ligeiramente com Vasco Seabra, pois passou de 0.78 pontos para 1 ponto exato por jornada. Aves SAD, com Daniel Ramos, baixou ligeiramente, passando de 0,91 para 0.81, embora tenha jogado nestas seis jornadas com Benfica e SC Braga.

5.Outras melhoraram muito com as trocas de treinadores. São os casos de Estrela da Amadora (0.33 pontos para 1.27) com José Faria, Rio Ave (0.90 para 1,57) com Petit e Farense (0 para 0.79) com Tozé Marreco.

6.O Famalicão, sim, piorou com as trocas. Armando Evangelista deixou a equipa na 12.ª jornada e com média pontual de 1.42 e, nos cinco jogos de Ricardo Silva (1) e Hugo Oliveira (4), a equipa somou apenas 3 pontos, média de 0,60 por jogo;

7.Resta falar de Benfica (Roger Schmidt e Bruno Lage) e Sporting (Ruben Amorim, João Pereira e Rui Borges). Pontualmente, os encarnados melhoraram imenso, passando de média pontual de 1,75 para 2,38, embora as últimas quatro jornadas (14, 15, 16 e 17, frente a Aves SAD, Estoril, Sporting e SC Braga) tenham rendido apenas quatro pontos. Bem pior do que a média de Schmidt. Era impossível João Pereira e Rui Borges, no Sporting, fazerem melhor do que a média pontual de Ruben Amorim: 3 pontos por jogo, fruto de 11 vitórias em 11 jogos. João Pereira ficou-se por um ponto por jogo (4 pontos em 4 jogos) e Rui Borges leva, de momento, média de 2 pontos (4 pontos em 2 jogos).