Com a nova estrutura diretiva montada por Villas-Boas, o FC Porto poupou mais de 800 mil euros anuais em salários, fora prémios. Francisco J. Marques utilizou a rede social X, esta sexta-feira, para questionar os ordenados de três membros da Comissão Executiva da SAD, João Begonha Borges, José Luís Andrade e Tiago Madureira, acusando o Portal da Transparência de «omissão». Ora, aqueles referidos administradores, juntamente com o CFO Pereira da Costa, estão na base de uma estrutura financeiramente mais leve, isto porque todos eles ocupam cargos noutras áreas de negócios e empresas do FC Porto, sem serem remunerados por isso.

Porto Canal, Avenida dos Aliados – Sociedade de Comunicação SA, Porto Estádio, Porto Media e a empresa Miragem, todas têm como administradores membros dessa Comissão Executiva e o próprio CFO. Na época de Pinto da Costa, só o anterior administrador da Porto Comercial, Rui Lousa, auferiu entre ordenados e prémios 300 mil euros, e antes de sair levou um prémio de desempenho de igual valor. Os administradores da Porto Media e Porto Estádio tinham, juntos, um peso salarial de 504 mil euros/ano.

A auditoria forense em curso no clube irá, em outubro, colocar a descoberto várias situações que penalizaram o clube, entre elas despesas de representação de mais de €2,4 milhões/ano.

Francisco J. Marques falou ainda sobre os ordenados de Zubizarreta e Jorge Costa, também omissos. Contudo, ao contrário do que acontecia com Vítor Baía e Luís Gonçalves, aqueles dois elementos com responsabilidades no futebol profissional são funcionários e não administradores. Como acontece com todos os colaboradores nessa situação, essa despesa é plasmada nos custos com pessoal.