Scott Redding ficou sem lugar na BMW no Mundial de Superbike no fim de 2024 depois de a MGM Bonovo se separar do construtor alemão – ia mesmo sair do campeonato, mas acabou por encontrar um projeto com uma Ducati Panigale V4 R… que exigiu que o #45 pagasse para isso.

Questionado sobre se esta é a última hipótese que tem de mostrar que está à altura de ter uma moto competitiva no WSBK, o britânico confirmou sem rodeios:

Serei honesto, de certa forma sim. Este projeto requereu muito dinheiro, muito tempo e muito trabalho árduo de todos para obter esta equipa e este conjunto com esta moto. Podia ter assinado por outro construtor, levado o dinheiro e feito o que eu queria. Mas não queria fazer isso: queria mostrar o potencial do Scott Redding. Mostrar que sou um piloto que pode lutar pelas posições de top cinco num Mundial.

Apesar de tudo, Redding está consciente que o desafio é significativo num pelotão muito equilibrado. E, se o projeto com a Bonovo não correr da forma esperada, o seu futuro no campeonato pode estar em risco: ‘Potencialmente, sim [pode ser o último ano]. Não vou pagar outra vez para pilotar uma moto. É uma coisa para um ano para ajudar a minha carreira, mas não posso fazê-lo outra vez – investi tudo o que tenho nesta época. Não me sobra nada e estou bem com isso, porque foi a decisão que tomámos e vamos manter-nos com ela, mas não o faria outra vez. Desde que fiz 15 anos e cheguei aos Mundiais sempre disse que nunca iria pagar para competir, e fi-lo, porque é um emprego para o qual trabalho todos os dias, arriscando a minha vida, e tenho de ser pago por isso. Mas, depois, encontrei-me numa situação difícil, a qual nunca pensei que iria viver, e então isto tornou-se numa época para salvar a minha carreira e reconstruir-me’.