A jornada de Mick Schumacher na Fórmula 1 tem sido tudo menos suave. O filho do lendário Michael Schumacher, Mick entrou no desporto com expectativas altíssimas após a sua vitória no campeonato de Fórmula 2 em 2020. No entanto, a sua passagem de duas temporadas pela Haas, sob o olhar do diretor da equipa Guenther Steiner, não rendeu os resultados que muitos esperavam. Com apenas 12 pontos, Schumacher foi despedido sem cerimónias em 2022, ficando sem um lugar a tempo inteiro na F1.
Agora, Guenther Steiner tem um conselho direto para o jovem de 25 anos: procurar orientação do campeão mundial por quatro vezes, Sebastian Vettel, se ele espera dar a volta à sua carreira. “Mesmo que os fãs não se importem muito com a minha opinião, Mick Schumacher deveria ter Sebastian Vettel como mentor. Ele precisa disso urgentemente para conseguir colocar as coisas de volta nos eixos,” afirmou Steiner.
Vettel, amplamente considerado um dos pilotos mais habilidosos da história da F1, tem uma forte ligação tanto com Mick como com o seu pai, Michael, que foi mentor de Vettel nos primeiros dias da sua carreira. Steiner acredita que ter uma figura como essa ao seu lado pode ser crucial para Schumacher enquanto ele tenta recuperar o seu lugar na grelha.
Atualmente, Schumacher é piloto reserva da equipa Mercedes F1 e compete no Campeonato Mundial de Resistência com a Alpine. Apesar dos seus esforços para se manter ativo no desporto motorizado, o seu futuro na F1 continua incerto, à medida que a competição por um volante em 2025 se intensifica.
Guenther Steiner, que foi um crítico severo de Schumacher durante o tempo que passaram juntos na Haas, agora parece mais solidário, reconhecendo o talento de Mick enquanto enfatiza a importância de uma orientação adequada. “Mick Schumacher tem muito talento – isso não está em discussão – mas, na minha opinião, esse talento não foi cultivado corretamente,” admitiu Steiner. “Achei que estava a fazer a minha parte ao dar-lhe a oportunidade de ganhar experiência num carro de F1, mas, no final, não foi suficiente. Todos deveriam ter feito mais, incluindo ele.”
Fazendo comparações com o início da carreira de Michael Schumacher, Steiner enfatizou a importância de uma gestão e mentoria fortes, das quais Mick tem estado privado. Michael teve o apoio inabalável do manager Willi Weber, uma figura chave por trás da sua rápida ascensão e subsequente domínio na F1. “O pai dele tornou-se campeão do mundo aos 22 anos e teve Willi Weber ao seu lado durante anos. Por que é que Mick não teve alguém assim?” questionou Steiner, destacando as oportunidades perdidas de apoio.
À medida que Mick Schumacher continua a lutar por um regresso à grelha da F1, os conselhos de Steiner servem como um lembrete contundente das altas expectativas e do imenso legado que ele está a tentar manter. A pressão para seguir os passos do pai é imensa, e sem a orientação adequada, a jornada do jovem piloto de volta ao auge do automobilismo permanece incerta.