O Farense - lanterna vermelha da Liga Portugal - recebe, este sábado, o Benfica, em jogo a contar para a décima jornada do campeonato. Tozé Marreco, treinador dos algarvios, realizou esta sexta-feira a habitual conferência de antevisão à partida.

O técnico, em declarações aos jornalistas, falou sobre o próximo embate nesta trajetória, explicou que a motivação é sempre a mesma (independentemente do adversário) e abordou algumas baixas no atual plantel devido a lesões.

Tozé Marreco em discurso direto

Prognósticos para a partida: «Um jogo com um grau de dificuldade elevadíssimo, como sabemos, e que é o normal quando jogamos contra equipas deste calibre. Preparou-se da mesma forma, com bastante organização, a saber como temos de defender, como temos de atacar, sabendo que nestes conjuntos é mais difícil encontrarmos problemas.

«Mas temos as coisas bem definidas relativamente ao que explorar, o que temos de contrariar, sabendo dos pontos fortes do Benfica. Temos de colocar isso em prática agora. É juntar a organização e o de sempre: a ambição, a crença e a intensidade nos duelos que precisamos.»

«Muitas vezes os jogos vão para este tipo de duelos, aliar a organização que temos de ter, com muito poucos erros, sabendo que os erros neste tipo de jogos pagam-se muito caro.»

Jogo contra o Benfica dá motivação?: «A motivação tem de ser a mesma, seja contra a AD Sanjoanense, o Benfica ou o Casa Pia. Nós estamos numa posição absolutamente delicada, sabemos disso (...) Conseguimos inverter esse ciclo de derrotas, que era decisivo. Mostramos que estamos absolutamente vivos no campeonato.»

«Quero é que a mentalidade seja exatamente a mesma. É muito mau sinal quando encaras de forma diferente uma equipa 'grande' e depois jogas com outra equipa e que a mentalidade não é a mesma. Isso não é admissível, não é sequer permitido. Não vejo isso acontecer neste grupo.»

«A mentalidade da equipa tem de ser a mesma e nós sabemos que precisamos de pontuar, estão 75 pontos em disputa. Neste momento somos últimos, é a realidade, mas temos a noção que estamos num processo de crescimento em que demos a volta a algumas coisas. Com toda a certeza que não vamos ser últimos no final do campeonato.»

Limitações no setor ofensivo: «Faltam-nos sete jogadores. Três alas, agora mais dois avançados. (...) Nós assumimos o risco enorme de pôr o Mehdi Merghem e o Darío Poveda a jogarem em Braga com dois treinos, depois de três ou quatro semanas de paragem. Portanto, essa parte ofensiva vai aparecer, não tenho dúvidas disso, com toda a gente disponível, com mais tempo para trabalhar aqui uma série de questões que nós já temos preparadas.»

«Controlámos em grande parte do jogo contra o SC Braga. Concordo que faltou-nos assustar mais, apesar de termos tido duas ou três situações em que podíamos ter feito melhor. Nós vamos ter capacidade de fazer muito mais, agora precisamos de entrar nessa nova fase da construção da casa.»