Novo treinador do lobos esconde o plano táctico com o objetivo de surpreender o Sp. Braga
Apresentado como novo treinador do Arouca na passada terça-feira, Vasco Seabra estreia-se amanhã no banco dos lobos, na receção ao Sp. Braga (18 horas), referente à 10.ª jornada da Liga Portugal Betclic.
Este sábado, o treinador de 41 anos fez o lançamento desse jogo, revelando também as primeiras sensações deste novo projeto que abraça. Ainda assim, preferiu guardar para si o sistema táctico que vai adoptar em Arouca, recusando-se a revelar se vai continuar a apostar no 4x2x3x1 que tem vingado no clube ou se vai alterar para o 3x4x3 que utilizou no Estoril. "O que são as nossas vivências em termos de sistema, vou deixar o [Carlos] Carvalhal [treinador do Sp. Braga] esperar pelo início do jogo para ver se a gente o consegue surpreender, que também é sempre um objetivo", devolveu Vasco Seabra.
Novo desafio: "Antes de mais, foi uma motivação muito grande pela forma como as pessoas do Arouca falaram comigo, pela ambição que demonstraram, pela ambição também que o clube tem tido nos últimos anos, a forma como se tem reerguido e a ambição que tem demonstrado nos campeonatos que tem feito. Nós não prometemos nada em termos daquilo que são os resultados, porque não os controlamos em absoluto, mas a verdade é que o Arouca, nos últimos dois anos, conseguiu ficar sempre na primeira metade da tabela, conseguiu fazer coisas muito importantes, sempre com a valorização de muitos jogadores, valorização de uma determinada forma de jogar, um perfil de jogadores que se identifica com aquilo que nós queremos construir e aquilo que nós queremos fazer. Sentimos que era um desafio que nós queríamos agarrar, que podia ser uma coisa muito interessante se feita em conjunto e, portanto, ficámos muito orgulhosos, com muita ambição, vontade de fazermos um bom campeonato e de procurarmos jogarmos no nosso limite, mostrarmos também a raça que esta região tem sempre, acrescentando aquilo que são também os paradigmas dos jogadores e aquilo que a equipa tem em termos de perfil."
Sp. Braga é o primeiro adversário: "Uma equipa difícil, claro que tivemos muito pouco tempo para trabalhar, mas temos uma confiança muito grande nos nossos jogadores, naquilo que eles são capazes de fazer com e sem bola. Estamos, naturalmente, a passar ideias, o processo é lento, demora tempo, mas não queremos agarrar-nos a desculpas, queremos agarrar-nos àquilo que nós conseguiremos fazer. Sabemos que vamos ter um adversário que tem um plantel recheado de bons jogadores, com um bom treinador, portanto, um adversário muito difícil, mas, por outro lado, cria também uma ambição muito grande de poder defrontar já uma equipa muito capaz, ver como é que nós vamos conseguir desafiar-nos e bater-nos, bater-nos com tudo o que temos, com unhas e dentes, com muita raça, muita determinação. Sabemos que vamos ter que correr muito, também queremos dominar o jogo quando assim o conseguirmos e, essencialmente, jogarmos para a baliza do adversário também."
Esquema táctico: "Antes de mais, dar uma palavra ao Gonzalo (García, ex-treinador do Arouca), que saiu e, obviamente, há coisas muito bem feitas para trás que nós vamos querer aproveitar. A equipa tinha um processo muito rico, por isso nós também queremos aproveitá-lo e procurar dimensioná-lo, trazendo-o para aquilo que é a nossa forma de jogar, aquilo que tem a ver com as nossas ideias. Queremos ser, porventura, um pouco mais afoitos, chegarmos um pouco mais rápido à baliza, mas, em termos globais, mais do que sistemas, nós queremos mais princípios juntamente com a equipa. Sentimos que temos jogadores capazes de fazerem diferentes posições, de podermos alternar sistemas dentro do próprio jogo e sentimos, também, que temos jogadores com conhecimento tático que nos permite fazer essas variações, criando diversidade no jogo, tentando dar cabo do adversário, que é aquilo que a gente quer. Por isso, sentimos que temos essa possibilidade e essa capacidade e, portanto, neste momento, estamos a tentar agarrarmos a tudo aquilo que era muito positivo da nossa ótica, trazendo coisas que queremos que sejam diferentes. O que são as nossas vivências em termos de sistema, vou deixar o [Carlos] Carvalhal [treinador do Sp. Braga] esperar pelo início do jogo para ver se a gente o consegue surpreender, que também é sempre um objetivo."
Primeiros dias de trabalho: "Temos uma convicção de que já vamos conseguir apresentar algumas coisas que fomos passando. A absorção das ideias foi muito rápida também, a equipa entregou-se com muita determinação, com ambição, um grupo bom, com vontade de se dimensionar, toda a gente com um espírito coletivo muito positivo. Esta primeira fase também é, naturalmente, uma fase de namoro, de lua de mel, em que, naturalmente, a chegada de novo treinador traz sempre novas energias. Aquilo que queremos é que estas energias se perdurem e possam aumentar semana após semana, em vez de trazer alguma acomodação. Pelo contrário, queremos que traga energia e que essa energia seja dimensionada semana após semana. Sabemos que temos um grupo que nos quis acolher com uma abertura muito grande, que quis ouvir-nos, que teve sempre muito disponível para aquilo que nós fomos passando. Sentimos boas sensações, sentimos coisas positivas, sentimos que já vamos conseguir apresentar algumas coisas. Provavelmente, vamos ter momentos de dificuldade e teremos que nos agarrar, todos juntos, e correr muito. Sabemos que vamos ter que correr muito, temos que trabalhar muito. E, nesses momentos de sofrimento, temos que trabalhar juntos, para depois, nos momentos em que conseguimos produzir as coisas que pretendemos, podermos sorrir."
Gonzalo García disse que parecia que a equipa não quis ganhar ao Estoril: "Entramos sempre com muito respeito por quem cá esteve, porque não sabemos as incidências que aconteceram. Não quisemos saber muito do que estava para trás ou deixava de estar. Nós analisamos de fora aquilo que tem a ver connosco. Porque, se perguntarmos a muita gente, cada um terá a sua opinião e essa será baseada nos seus próprios valores, crenças e convicções. Nós temos outros, outros valores, outras crenças, outras convicções. As nossas intenções foram chegar ao grupo, falar com eles, senti-los e treinar. E, a esse nível, foi um grupo muito disponível, um grupo unido, com uma vontade muito grande de ganhar. Todos os treinos competimos, todos os treinos tivemos exercícios em que uns ganharam, outros perderam. Quem perdeu ficou muito chateado e quem ganhou ficou mais feliz e troçou de quem perdeu, que é uma coisa que nós não queremos fazer, mas queremos dimensionar. É o espírito competitivo e vencedor. E isso foi uma coisa que conseguimos sentir do grupo. Por isso, esse espírito competitivo foi um espírito que a gente sentiu desde o primeiro segundo em que começamos a treinar. A esse nível, não tivemos um único problema com o grupo durante a semana. Por isso, é dessas sensações que eu quero falar, que são as minhas, que têm a ver também com aquilo que são as nossas entregas. Nós temos, e eles sabem disso já, valores que são inegociáveis para nós. O querer ganhar, o não abdicar do jogo, o lutar sempre até ao limite, são valores que são inegociáveis para nós. Por vezes, nós ficamos com uma sensação de que parece que os jogadores não estão a fazer tudo. E nós temos, obviamente, que analisar se a culpa é deles, se é da forma como estamos a atuar ou não."
Pedidos da direção do Arouca: "Abordaram-nos de forma ambiciosa, no sentido de, mais que qualquer resultado, que é coisa que não controlamos absolutamente, ficarmos na 1.ª Liga é obviamente o objetivo primordial, tem de ser atingido e temos uma confiança muito grande de que vamos atingir. Cada lugar que vamos subindo é lugar de ambição para atingir a valorização dos jogadores, a valorização de toda a estrutura. O clube está a fazer, e eu tenho que reconhecer isso, que quando cheguei senti as diferenças que o clube tem internamente para a melhoria daquilo que são as condições de trabalho para os jogadores e para os treinadores. Portanto, que essa ambição possa ser acompanhada daquilo que também é a nossa ambição, de cada lugar acima é um lugar melhor. Então, se pudermos ficar em primeiro, não vamos ficar em segundo. Se pudermos ficar em oitavo, não vamos ficar em nono. Se pudermos ganhar um jogo 2-0, não vamos querer ganhar 1-0. Ou seja, vamos sempre nesta mesma ambição, e essa foi a ambição que fomos recolhendo das pessoas do Arouca, dos responsáveis do Arouca, da forma como lidaram connosco. Não nos pediram classificação em particular, pediram-nos muito empenho, muito trabalho, muita dedicação. Trazer valores que sentimos que são também da vila do Arouca, da forma como se dimensiona e a forma como tem essa raça e essa determinação para conquistar, para conquistar as coisas, e é nesse trabalho que temos vindo a fazer."
Ainda o Sp. Braga: "Todos os jogos que nós temos, nós queremos muito competir. É uma coisa que tem a ver com a nossa vida, com estar no futebol, estar no jogo, poder competir, poder lutar contra o adversário que tenho à minha frente, poder tentar ser melhor que ele, juntamente com a minha equipa, espreitarmos a oportunidade de podermos ser afoitos na forma como fazemos as coisas, de podermos ser agressivos, de podermos ser intensos a procurar determinadas coisas. Esses serão sempre os nossos propósitos. Se me perguntar se não quero ter 100% de posse de bola no jogo, digo-lhe que quero, quero ter 100% de posse de bola no jogo, fazer 5 golos e o adversário não poder fazer nenhum. Esse é sempre o nosso objetivo para qualquer jogo. A verdade é que vamos ter um adversário de muita valia, temos muito respeito pelo adversário que temos, mas temos respeito pelo Sp. Braga agora, como vamos ter respeito pelo Famalicão a seguir. Ou seja, independentemente do adversário que encontramos à frente, temos respeito por ele, mas sabemos que acreditamos muito naquilo que fazemos, que nos vamos querer desafiar, vamos querer competir. Vamos ter um adversário de muita avalia e nós queremos mostrar que temos também essa avalia interna, essa capacidade interna de produzir coisas boas e fantásticas, vincados em nós, naquilo que temos, naquilo que nós podemos controlar, naquilo que é a nossa ideia, naquilo que são os nossos jogadores."
Sp. Braga motivado ou fatigado?: "Não é uma preocupação que nós tínhamos no dia-a -dia, tenho que lhe admitir. Nós olhamos muito para dentro, olhamos mesmo muito para nós. Somos muito o Arouca, porque a gente gosta mais de olhar para nós do que olhar para os outros. Temos que, estrategicamente, procurar fragilidades no adversário para tentarmos encontrar novas forças. E temos que, obviamente, naquilo que são as forças deles, tentarmos ser ainda mais fortes para podermos, no mínimo, igualar e podermos competir no jogo. Eu não posso estar muito a supor o que é que o Sp. Braga vai sentir emocionalmente, porque é uma coisa que eu não controlo. Ou seja, eu sei que tenho que esperar o melhor Sp. Braga da época, porque é assim que eles podem chegar. E, p.ortanto, se chegarem como o melhor Sp. Braga da época, nós temos que ser o melhor Arouca da época e temos que, a cada semana que vai passando, procurarmos ser melhor do que a semana anterior para podermos produzir capacidade, dimensão, sucesso naquilo que queremos fazer. Mais do que aquilo que o Braga pode trazer, temos de olhar para a forma como nós temos que entrar no jogo, desde o segundo em que o árbitro apitar até o segundo em que ele terminar o jogo. Durante todo esse período, nós temos que lutar. Todos. Os que estão no banco, os que estão lá dentro, os que estão de fora, que hoje foi muito difícil fazer a convocatória. Espero que seja sempre muito difícil fazer a convocatória, porque me custa muito deixar jogadores de fora que treinaram muito bem durante a semana, mas este é o processo. Eu gosto de tomar esse tipo de decisões. Não gosto que me simplifiquem a tarefa."
Mensagem para os adeptos do Arouca: "Nós sentimos esta responsabilidade positiva de treinar um clube que tem esta alma, esta determinação, esta vontade de se dimensionar, de crescer, de ser de uma vila que se mostrou para o futebol e também se mostrou depois naquilo que foi o panorama nacional e internacional. Ou seja, sentir que todos juntos conseguimos essa responsabilidade. Então, quanto mais nos aproximarmos das pessoas, dos nossos simpatizantes, das pessoas que torcem por nós, dos sócios, daqueles que nos querem bem, sentimos que juntos vamos conseguir fazer e produzir melhores resultados e melhores decisões naquilo que são os nossos jogadores."
Este sábado, o treinador de 41 anos fez o lançamento desse jogo, revelando também as primeiras sensações deste novo projeto que abraça. Ainda assim, preferiu guardar para si o sistema táctico que vai adoptar em Arouca, recusando-se a revelar se vai continuar a apostar no 4x2x3x1 que tem vingado no clube ou se vai alterar para o 3x4x3 que utilizou no Estoril. "O que são as nossas vivências em termos de sistema, vou deixar o [Carlos] Carvalhal [treinador do Sp. Braga] esperar pelo início do jogo para ver se a gente o consegue surpreender, que também é sempre um objetivo", devolveu Vasco Seabra.
Novo desafio: "Antes de mais, foi uma motivação muito grande pela forma como as pessoas do Arouca falaram comigo, pela ambição que demonstraram, pela ambição também que o clube tem tido nos últimos anos, a forma como se tem reerguido e a ambição que tem demonstrado nos campeonatos que tem feito. Nós não prometemos nada em termos daquilo que são os resultados, porque não os controlamos em absoluto, mas a verdade é que o Arouca, nos últimos dois anos, conseguiu ficar sempre na primeira metade da tabela, conseguiu fazer coisas muito importantes, sempre com a valorização de muitos jogadores, valorização de uma determinada forma de jogar, um perfil de jogadores que se identifica com aquilo que nós queremos construir e aquilo que nós queremos fazer. Sentimos que era um desafio que nós queríamos agarrar, que podia ser uma coisa muito interessante se feita em conjunto e, portanto, ficámos muito orgulhosos, com muita ambição, vontade de fazermos um bom campeonato e de procurarmos jogarmos no nosso limite, mostrarmos também a raça que esta região tem sempre, acrescentando aquilo que são também os paradigmas dos jogadores e aquilo que a equipa tem em termos de perfil."
Sp. Braga é o primeiro adversário: "Uma equipa difícil, claro que tivemos muito pouco tempo para trabalhar, mas temos uma confiança muito grande nos nossos jogadores, naquilo que eles são capazes de fazer com e sem bola. Estamos, naturalmente, a passar ideias, o processo é lento, demora tempo, mas não queremos agarrar-nos a desculpas, queremos agarrar-nos àquilo que nós conseguiremos fazer. Sabemos que vamos ter um adversário que tem um plantel recheado de bons jogadores, com um bom treinador, portanto, um adversário muito difícil, mas, por outro lado, cria também uma ambição muito grande de poder defrontar já uma equipa muito capaz, ver como é que nós vamos conseguir desafiar-nos e bater-nos, bater-nos com tudo o que temos, com unhas e dentes, com muita raça, muita determinação. Sabemos que vamos ter que correr muito, também queremos dominar o jogo quando assim o conseguirmos e, essencialmente, jogarmos para a baliza do adversário também."
Esquema táctico: "Antes de mais, dar uma palavra ao Gonzalo (García, ex-treinador do Arouca), que saiu e, obviamente, há coisas muito bem feitas para trás que nós vamos querer aproveitar. A equipa tinha um processo muito rico, por isso nós também queremos aproveitá-lo e procurar dimensioná-lo, trazendo-o para aquilo que é a nossa forma de jogar, aquilo que tem a ver com as nossas ideias. Queremos ser, porventura, um pouco mais afoitos, chegarmos um pouco mais rápido à baliza, mas, em termos globais, mais do que sistemas, nós queremos mais princípios juntamente com a equipa. Sentimos que temos jogadores capazes de fazerem diferentes posições, de podermos alternar sistemas dentro do próprio jogo e sentimos, também, que temos jogadores com conhecimento tático que nos permite fazer essas variações, criando diversidade no jogo, tentando dar cabo do adversário, que é aquilo que a gente quer. Por isso, sentimos que temos essa possibilidade e essa capacidade e, portanto, neste momento, estamos a tentar agarrarmos a tudo aquilo que era muito positivo da nossa ótica, trazendo coisas que queremos que sejam diferentes. O que são as nossas vivências em termos de sistema, vou deixar o [Carlos] Carvalhal [treinador do Sp. Braga] esperar pelo início do jogo para ver se a gente o consegue surpreender, que também é sempre um objetivo."
Primeiros dias de trabalho: "Temos uma convicção de que já vamos conseguir apresentar algumas coisas que fomos passando. A absorção das ideias foi muito rápida também, a equipa entregou-se com muita determinação, com ambição, um grupo bom, com vontade de se dimensionar, toda a gente com um espírito coletivo muito positivo. Esta primeira fase também é, naturalmente, uma fase de namoro, de lua de mel, em que, naturalmente, a chegada de novo treinador traz sempre novas energias. Aquilo que queremos é que estas energias se perdurem e possam aumentar semana após semana, em vez de trazer alguma acomodação. Pelo contrário, queremos que traga energia e que essa energia seja dimensionada semana após semana. Sabemos que temos um grupo que nos quis acolher com uma abertura muito grande, que quis ouvir-nos, que teve sempre muito disponível para aquilo que nós fomos passando. Sentimos boas sensações, sentimos coisas positivas, sentimos que já vamos conseguir apresentar algumas coisas. Provavelmente, vamos ter momentos de dificuldade e teremos que nos agarrar, todos juntos, e correr muito. Sabemos que vamos ter que correr muito, temos que trabalhar muito. E, nesses momentos de sofrimento, temos que trabalhar juntos, para depois, nos momentos em que conseguimos produzir as coisas que pretendemos, podermos sorrir."
Gonzalo García disse que parecia que a equipa não quis ganhar ao Estoril: "Entramos sempre com muito respeito por quem cá esteve, porque não sabemos as incidências que aconteceram. Não quisemos saber muito do que estava para trás ou deixava de estar. Nós analisamos de fora aquilo que tem a ver connosco. Porque, se perguntarmos a muita gente, cada um terá a sua opinião e essa será baseada nos seus próprios valores, crenças e convicções. Nós temos outros, outros valores, outras crenças, outras convicções. As nossas intenções foram chegar ao grupo, falar com eles, senti-los e treinar. E, a esse nível, foi um grupo muito disponível, um grupo unido, com uma vontade muito grande de ganhar. Todos os treinos competimos, todos os treinos tivemos exercícios em que uns ganharam, outros perderam. Quem perdeu ficou muito chateado e quem ganhou ficou mais feliz e troçou de quem perdeu, que é uma coisa que nós não queremos fazer, mas queremos dimensionar. É o espírito competitivo e vencedor. E isso foi uma coisa que conseguimos sentir do grupo. Por isso, esse espírito competitivo foi um espírito que a gente sentiu desde o primeiro segundo em que começamos a treinar. A esse nível, não tivemos um único problema com o grupo durante a semana. Por isso, é dessas sensações que eu quero falar, que são as minhas, que têm a ver também com aquilo que são as nossas entregas. Nós temos, e eles sabem disso já, valores que são inegociáveis para nós. O querer ganhar, o não abdicar do jogo, o lutar sempre até ao limite, são valores que são inegociáveis para nós. Por vezes, nós ficamos com uma sensação de que parece que os jogadores não estão a fazer tudo. E nós temos, obviamente, que analisar se a culpa é deles, se é da forma como estamos a atuar ou não."
Pedidos da direção do Arouca: "Abordaram-nos de forma ambiciosa, no sentido de, mais que qualquer resultado, que é coisa que não controlamos absolutamente, ficarmos na 1.ª Liga é obviamente o objetivo primordial, tem de ser atingido e temos uma confiança muito grande de que vamos atingir. Cada lugar que vamos subindo é lugar de ambição para atingir a valorização dos jogadores, a valorização de toda a estrutura. O clube está a fazer, e eu tenho que reconhecer isso, que quando cheguei senti as diferenças que o clube tem internamente para a melhoria daquilo que são as condições de trabalho para os jogadores e para os treinadores. Portanto, que essa ambição possa ser acompanhada daquilo que também é a nossa ambição, de cada lugar acima é um lugar melhor. Então, se pudermos ficar em primeiro, não vamos ficar em segundo. Se pudermos ficar em oitavo, não vamos ficar em nono. Se pudermos ganhar um jogo 2-0, não vamos querer ganhar 1-0. Ou seja, vamos sempre nesta mesma ambição, e essa foi a ambição que fomos recolhendo das pessoas do Arouca, dos responsáveis do Arouca, da forma como lidaram connosco. Não nos pediram classificação em particular, pediram-nos muito empenho, muito trabalho, muita dedicação. Trazer valores que sentimos que são também da vila do Arouca, da forma como se dimensiona e a forma como tem essa raça e essa determinação para conquistar, para conquistar as coisas, e é nesse trabalho que temos vindo a fazer."
Ainda o Sp. Braga: "Todos os jogos que nós temos, nós queremos muito competir. É uma coisa que tem a ver com a nossa vida, com estar no futebol, estar no jogo, poder competir, poder lutar contra o adversário que tenho à minha frente, poder tentar ser melhor que ele, juntamente com a minha equipa, espreitarmos a oportunidade de podermos ser afoitos na forma como fazemos as coisas, de podermos ser agressivos, de podermos ser intensos a procurar determinadas coisas. Esses serão sempre os nossos propósitos. Se me perguntar se não quero ter 100% de posse de bola no jogo, digo-lhe que quero, quero ter 100% de posse de bola no jogo, fazer 5 golos e o adversário não poder fazer nenhum. Esse é sempre o nosso objetivo para qualquer jogo. A verdade é que vamos ter um adversário de muita valia, temos muito respeito pelo adversário que temos, mas temos respeito pelo Sp. Braga agora, como vamos ter respeito pelo Famalicão a seguir. Ou seja, independentemente do adversário que encontramos à frente, temos respeito por ele, mas sabemos que acreditamos muito naquilo que fazemos, que nos vamos querer desafiar, vamos querer competir. Vamos ter um adversário de muita avalia e nós queremos mostrar que temos também essa avalia interna, essa capacidade interna de produzir coisas boas e fantásticas, vincados em nós, naquilo que temos, naquilo que nós podemos controlar, naquilo que é a nossa ideia, naquilo que são os nossos jogadores."
Sp. Braga motivado ou fatigado?: "Não é uma preocupação que nós tínhamos no dia-a -dia, tenho que lhe admitir. Nós olhamos muito para dentro, olhamos mesmo muito para nós. Somos muito o Arouca, porque a gente gosta mais de olhar para nós do que olhar para os outros. Temos que, estrategicamente, procurar fragilidades no adversário para tentarmos encontrar novas forças. E temos que, obviamente, naquilo que são as forças deles, tentarmos ser ainda mais fortes para podermos, no mínimo, igualar e podermos competir no jogo. Eu não posso estar muito a supor o que é que o Sp. Braga vai sentir emocionalmente, porque é uma coisa que eu não controlo. Ou seja, eu sei que tenho que esperar o melhor Sp. Braga da época, porque é assim que eles podem chegar. E, p.ortanto, se chegarem como o melhor Sp. Braga da época, nós temos que ser o melhor Arouca da época e temos que, a cada semana que vai passando, procurarmos ser melhor do que a semana anterior para podermos produzir capacidade, dimensão, sucesso naquilo que queremos fazer. Mais do que aquilo que o Braga pode trazer, temos de olhar para a forma como nós temos que entrar no jogo, desde o segundo em que o árbitro apitar até o segundo em que ele terminar o jogo. Durante todo esse período, nós temos que lutar. Todos. Os que estão no banco, os que estão lá dentro, os que estão de fora, que hoje foi muito difícil fazer a convocatória. Espero que seja sempre muito difícil fazer a convocatória, porque me custa muito deixar jogadores de fora que treinaram muito bem durante a semana, mas este é o processo. Eu gosto de tomar esse tipo de decisões. Não gosto que me simplifiquem a tarefa."
Mensagem para os adeptos do Arouca: "Nós sentimos esta responsabilidade positiva de treinar um clube que tem esta alma, esta determinação, esta vontade de se dimensionar, de crescer, de ser de uma vila que se mostrou para o futebol e também se mostrou depois naquilo que foi o panorama nacional e internacional. Ou seja, sentir que todos juntos conseguimos essa responsabilidade. Então, quanto mais nos aproximarmos das pessoas, dos nossos simpatizantes, das pessoas que torcem por nós, dos sócios, daqueles que nos querem bem, sentimos que juntos vamos conseguir fazer e produzir melhores resultados e melhores decisões naquilo que são os nossos jogadores."