Vítor Pereira em grande plano na Inglaterra, na sequência da excelente campanha ao leme do Wolverhampton. O técnico luso juntou-se à mesa com vários jornalistas britânicos e comentou sobre o ritual de ir a um pub local beber cerveja com os adeptos.

«O que fazemos em Wolverhampton depois de um jogo? Se eu perder o jogo, fico em casa e bebo a minha cerveja sozinho. Se ganhar, vou comemorar com os adeptos», referiu, numa primeira instância.

«A conexão com as pessoas é mais forte quando sofremos juntos e, quando estás numa situação em que estás a lutar pela sobrevivência, sentes essa conexão. Nos momentos em que sofremos, sentes que estamos a sofrer juntos. Nos momentos de celebração, precisas de estar com eles», acrescentou, antes de falar na escolha do sítio para conviver.

«Em Wolverhampton, onde querem que eu vá? Preciso de ir a um pub, porque essa é a cultura e o lugar para onde as pessoas vão. Quando vou a um pub, não é pela cerveja. Claro que gosto da cerveja, mas vou para estar com as pessoas, para sentir que estou a fazer algo que as deixa felizes, para deixá-las orgulhosas. Trabalho, casa, depois vamos a um bar só para beber uma ou duas cervejas. Essa é a nossa vida», enalteceu.

Depois de múltiplas experiências em diferentes países, o treinador de 56 anos assegurou que já não sente pressão: «A pressão foi quando o meu pai teve cancro e o meu irmão estava a morrer e a minha mãe chorava. Quando lidámos com isso, futebol é futebol. Eu não sinto pressão nenhuma. Nada. Zero. A pressão é a pressão que eu coloco em mim mesmo. Porque eu quero ser melhor. E melhor, melhor e melhor. Se eu estiver no lugar certo para me desafiar, posso fazer magia. Acreditem.»

No que diz respeito ao futuro, Vítor Pereira foi perentório: «Vocês vão ver. Eu não vim para Inglaterra só para evitar a despromoção.»