Nos primeiros nove meses do ano, o Abanca que comprou o EuroBic, registou lucros de 988,1 milhões de euros, ou seja mais 131% do que em igual período de 2023. Para isso contribuiu a consolidação do negócio do EuroBic.

O lucro atribuível de 988 milhões de euros até setembro é mais do dobro dos 428,6 milhões alcançados até setembro de 2023, o que se deve em parte à aquisição do EuroBic, em julho, com uma rendibilidade recorrente de 16,9%.

Com a incorporação do EuroBic no grupo, o volume de negócios gerido pelo Abanca atingiu os 127.142 milhões de euros, um valor que representa um aumento homólogo de 19,4%.

O crédito a clientes ascendeu a 49.450 milhões de euros, enquanto os recursos geridos de clientes em termos homólogos foram de 77.691 milhões, um crescimento de 21,5%.

A margem de juros foi de 1.212,5 milhões de euros, 38,7% melhor do que até setembro de 2023, sendo que a margem básica aumentou 32,7% para 1.453,3 milhões, a margem bruta situou-se em 1.520,5 milhões, mais 36,5%, e a margem antes de provisões manteve-se em 783,1%.

As provisões e imparidades atingiram os 90,3 milhões de euros, que comparam com 35,1 milhões em 2023.

Em termos de solvabilidade, o rácio de capital total atingiu os 16,6%, o que representa uma diminuição de pouco mais de um ponto face ao período anterior.

O Abanca informou também que conseguiu 101.000 novos clientes durante o ano.

Desde setembro de 2023, as novas formalizações de crédito de particulares e empresas cresceram 12,1% e 12,7%, respetivamente, os depósitos aumentaram 22% e as subscrições líquidas em fundos de investimento em Espanha triplicaram, atingindo uma comissão de 4,5%.

A entidade bancária reconheceu, em comunicado, que se tornou "um dos grupos mais sólidos da Península Ibérica após a incorporação do EuroBic, elevando o seu volume de negócios para mais de 127.000 milhões de euros".