Têm dinheiro, tempo e estão dispostas a viajar e divertir-se. E não querem que lhes vendam programas para reformados. Há uma oportunidade real e por explorar no turismo, que tem de aprender e adaptar-se para comunicar eficazmente com uma população portuguesa cada vez mais velha, mas igualmente capaz e com vontade de continuar a divertir-se.
"Os mais velhos têm tempo e poder de compra", lembra Gonçalo Rebelo de Andrade. Em entrevista ao SAPO, na Conferência Marketeer sob o tema "Há Mais Consumidores Por Aí" — que debateu precisamente o potencial para as marcas da golden generation —, o consultor de turismo vinca como as gerações mais velhas não querem hoje programas calmos mas antes as férias de aventura, natureza, culturais ou de vida citadina, tal e qual como os jovens. A diferença é que têm mais tempo e mais dinheiro, bem como vontade e aptidão para gastá-lo a aproveitar a vida.
As marcas que olhem a golden generation sem preconceito, têm pela frente uma oportunidade com enorme potencial, conclui Rebelo de Almeida.
"A larga maioria das campanhas é muito orientada para um público jovem, porque é mais cool, dá mais colorido e vende a ideia de marcas jovens. Mas para que mercado estão a comunicar se Portugal é um país envelhecido, com mais de metade da população acima dos 50 anos e um quarto já com mais de 65?", questiona também ao SAPO o CEO da Multipublicações, Ricardo Florêncio, lembrando que, se o mundo mudou, as marcas têm de o acompanhar e adaptar-se às vontades dos consumidores.