Os hotéis e outros alojamentos turísticos em Portugal registaram em fevereiro um recuo de 2,5% no volume de dormidas em comparação com o mês homólogo do ano passado, para um total de 4,2 milhões, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo frisa o INE, esta descida nas dormidas em fevereiro foi influenciada pela “mudança na estrutura do calendário”, a começar pelo facto de o Carnaval, e o respetivo período de férias escolares, ter ocorrido no ano passado em fevereiro e este ano em março, o que acaba por distorcer a comparação (e sendo de esperar esse efeito nos dados finais de março de 2025). O gabinete de estatísticas destaca ainda que em 2025 o mês de fevereiro teve um dia a menos que o anterior, que foi um ano bissexto.

Mesmo com estas condicionantes, no mês de fevereiro as receitas totais geradas pelo sector registaram um crescimento homólogo de 4%, atingindo 287,7 milhões de euros (e só na parte do alojamento foi apurado um crescimento de receitas de 3,4%, para 208,8 milhões de euros). E também o número de hóspedes evidenciou em fevereiro um ligeiro aumento de 0,6% face ao mesmo mês do ano passado, cifrando-se em 1,8 milhões.

Aumento de 23% de turistas polacos

No segundo mês de 2025, o preço médio por quarto vendido a nível nacional foi de 87,9 euros, mais 4,9% que em fevereiro do ano passado. E a receita obtida diariamente por cada quarto, independentemente de estar ocupado ou não (indicador RevPar, muito valorizado pelo sector) subiu 4,5% em termos homólogos, para 39,6 euros.

Do lado dos residentes, as dormidas em fevereiro totalizaram 1,4 milhões, e com uma queda de 0,8% face a igual igual mês do ano passado (note-se que, em janeiro, o aumento comparado de dormidas dos turistas nacionais atingiu 11%).

No que toca aos turistas estrangeiros, o total de dormidas apurado em fevereiro foi de 2,8 milhões, num recuo de 3,3% em termos homólogos. O destaque vai para o aumento de 23,2% de polacos, o único mercado que cresceu ao longo do mês. E a maior queda veio dos turistas brasileiros, com uma descida de 18,9% em comparação com fevereiro do ano passado.