A Greenvolt ampliou de 350 para 400 milhões de euros o montante do empréstimo sindicado que havia anunciado ao mercado na semana passada.

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa de energias renováveis liderada por João Manso Neto revela que na operação participarão mais duas instituições financeiras face às inicialmente anunciadas.

O financiamento foi anunciado, na semana passada, envolvendo seis entidades: um investidor institucional e cinco bancos. Agora o total de entidades envolvidas sobe para oito.

O “elevado interesse” do mercado neste financiamento foi a justificação da Greenvolt para reforçar o montante do empréstimo.

“O reforço do financiamento reflete a confiança que as instituições financeiras têm na nossa estratégia no setor das energias renováveis. E também vem sublinhar os benefícios de ter a KKR como uma acionista de referência”, comentou João Manso Neto, em comunicado.

Os 400 milhões de euros do empréstimo servirão para reforçar o balanço da Greenvolt e fomentar o desenvolvimento da sua carteira de projetos, em particular no segmento de produção centralizada.

A Greenvolt, que nasceu a partir do negócio de biomassa do grupo Altri, tem em carteira 9,3 gigawatts (GW) de projetos eólicos, fotovoltaicos e de baterias, dispersos por 16 países.

A KKR controla a Greenvolt, com uma posição de 84,87%, estando os restantes 15,13% dispersos em bolsa.

Esta segunda-feira arranca o período de subscrição da oferta pública de aquisição (OPA) da KKR sobre as ações que não detém, e que permitirá aos acionistas minoritários vender os seus títulos da empresa de energias renováveis por 8,31 euros por ação. A oferta decorrerá até 24 de outubro.

A Greenvolt, com um capitalização bolsista de 1,35 mil milhões de euros, é atualmente uma das cinco empresas de energia da bolsa portuguesa (cujo índice de referência, o PSI, conta com um total de 16 empresas), a par com a EDP, EDP Renováveis, Galp e REN.