Depois de ter suspendido voos para Cape Town, na África do Sul, a empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) decidiu reduzir a sua frota de aviões, passando assim a operar apenas com três.

É uma decisão comunicada aos passageiros da companhia aérea e ao público em geral na última Terça-feira, 22. Da frota, foram retiradas as aeronaves CRJ 900 em número não especificado.

“Com efeito, a LAM integrou nas suas operações uma aeronave Embraer 145, passando a contar com 03 aviões que vão assegurar as ligações aéreas nos próximos 15 dias”, refere a companhia.

Na nota enviada à imprensa, a companhia aérea assegura que todos os passageiros afectados pelas alterações de horários dos voos estão a ser contactados.

Por estar a registar resultados financeiros negativos e sucessivos, a companhia aérea moçambicana de bandeira tem vindo a passar por uma reestruturação, tendo como principais destaques, mudanças da direcção da empresa em curtos espaços de tempo, suspensão de voos e a vender activos.

Na sua estratégia de renovação, a LAM prioriza destinos domésticos. Exemplo disso é que, no passado dia 31 de Março decidiu suspender voos para Cape Town, na África do Sul, como forma de melhorar a rentabilidade das suas operações.

No dia 4 de Fevereiro último, o Governo autorizou a venda de 91% das acções do Estado na LAM para empresas do sector empresarial do Estado, nomeadamente Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e a Empresa Moçambicana de Seguros (Emose). Com os 130 milhões de dólares que se espera conseguir com a venda, pretende-se investir na aquisição de oito aeronaves e com isso, reestruturar a companhia.