O ING, maior banco dos Países Baixos, reportou nesta quinta-feira um lucro de 6,4 mil milhões de euros, implicando uma perda de 12% face aos 7,3 mil milhões do ano anterior. O banco vai propor aos acionistas um dividendo total de 2024 de 71 cêntimos por ação, a ser aprovado na reunião de 22 de abril, o que resulta num dividendo 6,1% inferior a 2023.

A instituição ficou perto da estagnação nas receitas, com um aumento de 40 milhões em termos homólogos para 22,62 mil milhões de euros, o que equivale numa diferença de 0,2%, de acordo com o relatório divulgado. A margem financeira do ING caiu 6%, de 15,98 mil milhões para 15,02 mil milhões de euros. Por outro lado, as receitas com comissões subiram 11% e o “investimento total e outras receitas” cresceu 19%.

As despesas do banco subiram 5% para 12,12 mil milhões e o rácio de eficiência também piorou para 53,6%, um aumento de 2,4 pontos percentuais. O banco realça o aumento em provisões de 2023 para 2024, tendo o valor para esta componente aumentado de 520 milhões de euros para 1,2 mil milhões.

Em termos de capital, o ING apresenta também uma descida face a 2023, com o rácio CET1 a descer 1,1 pontos percentuais para 13,6%. O objetivo para o final de 2025 é de cerca de 12,5%. No que toca ao RoTE, este fixou-se em 13%, registando uma queda em relação aos 14,8% do ano passado. O banco pretende que este valor chegue a 14% em 2027.