"Pretende-se com esta iniciativa promover e agilizar processos de recuperação, preservação e rentabilização de património público de elevado valor patrimonial, cultural, histórico e arquitetónico e a sua transformação num ativo económico em benefício do país", salienta o Governo timorense, no comunicado da reunião do Conselho de Ministros, hoje realizada em Díli.

Segundo o executivo, o programa vai abranger "14 imóveis de Timor-Leste com o objetivo de beneficiar as comunidades locais e promover a sustentabilidade social, económica e ambiental".

O acordo será assinado, pelo lado timorense, pelo vice-primeiro-ministro, ministro coordenador dos Assuntos Económicos e ministro do Turismo, Francisco Kalbuadi Lay, e terá a duração de dois anos, renovável automaticamente.

O Governo timorense explica também que numa primeira fase vão estar incluídas as pousadas de Tutuala, Maubisse, Same e Manatuto, as termas de Marobo, o Forte de Maubara, a alfândega do Beaço, o posto administrativo de Fohorem, e a residência do administrador em Pante Macassar.

A segunda fase vai incluir as pousadas de Vila Maria e de Hatubuilico, o Armazém de Café de Fatubessi, o antigo Hospital dos Portugueses (em Viqueque) e o posto administrativo de Lliomar.

O Conselho de Ministros timorense aprovou também a assinatura de um acordo de cooperação com Portugal na área das infraestruturas para "promover um instrumento de direito internacional que permita estreitar a cooperação entre entidades responsáveis pela área dos dois países".

"A parceria vai abranger áreas como engenharia civil, ordenamento do território e urbanismo, habitação, infraestruturas rodoviárias, portuárias e aeroportuárias e instalações conexas, telecomunicações, energia elétrica e água e saneamento", precisa o Governo timorense.

O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, realiza uma visita a Portugal entre 12 e 18 deste mês.

Xanana Gusmão vai liderar uma delegação, que inclui Francisco Kalbuadi Lay, o chefe da diplomacia timorense, Bendito Freitas, os ministros da Educação, Dulce Neves, do Ensino Superior, José Jerónimo, da Justiça, Sérgio Hornai, e do Interior, Francisco Guterres, bem como o secretário de Estado da Comunicação Social, Expedito Ximenes.

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