Os preços médios globais das baterias caíram de 153 dólares por kilowatt hora (kWh) em 2022 para 149 dólares em 2023, e o banco Goldman Sachs prevê que desçam para 111 dólares até ao final deste ano.

Num estudo publicado na segunda-feira, os analistas daquela entidade financeira preveem que os preços médios das baterias poderão cair para 80 dólares/kWh até 2026, totalizando uma queda de quase 50% em relação a 2023, “um nível a partir do qual os veículos elétricos a bateria atingiriam a paridade de custos de propriedade com os automóveis movidos a gasolina nos Estados Unidos, de forma não subsidiada”, pode ler-se no documento.

Nikhil Bhandari, codiretor de análise de Recursos Naturais e Energia Limpa da Ásia-Pacífico da Goldman Sachs Research, assegura que tudo se ficará a dever à inovação tecnológica. “Estamos a ver vários novos produtos de baterias lançados com uma densidade de energia cerca de 30% superior e um custo mais baixo”. O segundo fator, de acordo com o mesmo responsável, tem a ver com a “queda contínua dos preços dos metais para baterias”. E diz que isto inclui o lítio e o cobalto, sendo que quase 60% do custo das baterias provém destes minerais.

Baterias mais baratas e petróleo mais caro impulsionarão os carros elétricos

“Quando falamos da bateria, digamos, de 2023 até 2030, cerca de mais de 40% do declínio vem apenas dos custos mais baixos das commodities, porque tivemos muita inflação verde durante 2020 a 2023. Os preços dos metais eram muito elevados”, sublinha Nikhil Bhandari.

Dado que, segundo aquele analista, se espera uma “queda rápida” dos preços das baterias, e “assumindo um ambiente de preços do petróleo ainda relativamente elevado, acreditamos que, em mercados como os Estados Unidos, a paridade do custo total [face aos carros com motor a combustão] ainda chegará a partir de 2026”.

Do ponto de vista puramente económico, Nikhil Bhandari estima que “assistiremos a um forte regresso da procura [de carros elétricos] em 2026”.