Na segunda-feira a Amazon anunciou que iria acabar com o teletrabalho e as reações por parte dos funcionários não tardaram em chegar. Uns garantem que prefeririam voltar a estudar do que voltar ao escritório, e muitos pedem que a decisão seja reconsiderada, segundo uma recolha de opiniões feita pelo jornal digital "Quartz".

“Estou interessado em trabalhar para viver, não numa encenação de ação ao vivo em sinal de virtude,”, escreveu CJ Felli, engenheiro de desenvolvimento de sistemas da Amazon Web Services, no Linkedin, citado pelo ”Quartz". O engenheiro também pediu ofertas de emprego remotas dizendo que “nada está fora de questão” e revelou que até prefere “voltar à escola a trabalhar num escritório”.

Tamia Reed, técnica do centro de dados da Amazon Web Services, escreveu no LinkedIn que estava “desanimada” com a decisão. “Para muitos de nós, o trabalho remoto não foi apenas uma conveniência, mas uma mudança necessária em direção a uma vida profissional mais flexível e equilibrada. Essa mudança abrupta prejudica o progresso que fizemos”, escreveu Reed. “Espero que a Amazon reconsidere”, continuou, segundo o jornal.

A Amazon quer que os funcionários retornem ao escritório cinco dias por semana, pondo fim à política de trabalho híbrido. A decisão entra em vigor em janeiro de 2025, revelou o presidente-executivo da Amazon, Andy Jassy, ​​numa nota enviada aos trabalhadores. "Decidimos que voltaremos a trabalhar no escritório como fazíamos antes do início da covid", escreveu, acrescentando que isso ajudará a equipa a estar "melhor preparada para inventar, colaborar e estar suficientemente conectada entre si".

O presidente executivo da Amazon diz tratar-se de um regresso à política pré-pandemia, quando o teletrabalho era usado apenas pontualmente. Contudo, alguns funcionários indicaram que a nova política é “significativamente mais rigorosa" e que várias equipas nem antes da pandemia trabalhavam desta forma.