Um derrame de petróleo nas águas de Singapura desencadeou uma extensa operação de limpeza, depois de uma fuga num oleoduto da Shell ter levado à descarga de cerca de 30 a 40 toneladas métricas de slop - uma mistura de petróleo e água - no mar.
O incidente ocorreu entre as ilhas de Bukom e Bukom Kecil, a sul de Singapura, no início da manhã de domingo, de acordo com um comunicado da petrolífera britânica, que afirma ainda ter sido aberta uma investigação ao incidente.
“Utilizámos barreiras de contenção, embarcações antipoluição e pulverização de dispersantes para conter o petróleo como parte do esforço de limpeza em curso”, afirmou a empresa em comunicado.
A Autoridade Marítima e Portuária de Singapura (MPA na sigla em inglês) também lançou várias medidas para salvaguardar as águas circundantes e a vida marinha.
Numa declaração emitida esta segunda-feira, a MPA confirmou a instalação de um sistema de barramento de correntes em Changi, perto da entrada do Estreito de Johor, para capturar qualquer mancha de petróleo que se possa espalhar. Um segundo sistema “current buster” foi posicionado a oeste de Singapura como medida de precaução.
As autoridades aconselharam o público a evitar a natação e outras atividades aquáticas em várias praias. A Agência Nacional do Ambiente de Singapura está a monitorizar a qualidade da água nestes locais, com atualizações disponíveis através dos canais oficiais.
Embora as explorações piscícolas não tenham sido afetadas até à data, a Agência Alimentar de Singapura instou os operadores das explorações a manterem-se vigilantes.
A Shell criou uma linha direta de reclamações para as empresas afetadas pelo derrame. Além disso, Singapura notificou a Malásia e a Indonésia aconselhando-os a vigiar as suas costas para detetar quaisquer sinais de contaminação por petróleo.
Em junho, o país encerrou as praias da ilha de Sentosa após um derrame de petróleo, cuja limpeza terminou em setembro.