Nunca houve tantos portugueses a viajar para o exterior, o que em 2024 voltou a bater recordes, com um crescimento de 6,2% face ao ano anterior, segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Este aumento nas viagens turísticas ao estrangeiro destacou-se num ano em que as deslocações dos residentes no país registaram um decréscimo anual de 3,2%, para um total de 22,9 milhões. “As viagens nacionais diminuíram 4,7%, refletindo os decréscimos expressivos dos dois primeiros trimestres do ano, mas as viagens ao estrangeiro cresceram 6,2%, atingindo um máximo histórico”, explicita o instituto de estatística.

Espanha, França e Itália mantiveram-se como principais destinos das deslocações de residentes ao exterior no ano passado, em que a “visita a familiares ou amigos” continuou a ser a principal motivação.

O último trimestre de 2024 destacou-se como um período em que as viagens dos residentes evidenciaram uma subida anual homóloga de 3,2%, totalizando 5,3 milhões. O aumento de outubro a dezembro verificou-se tanto em território nacional (mais 3,1% que no mesmo período de 2023), como para o estrangeiro, ainda de forma mais expressiva (mais 7%).

Viagens de negócio recuaram 7,6%

O INE dá conta que, no quarto trimestre do ano passado, 86,2% das deslocações dos residentes ocorreram em território nacional, totalizando 4,6 milhões de viagens, enquanto as restantes 731,5 mil incidiram em destinos no estrangeiro. Os meses de outubro e novembro foram particularmente fortes no número de viagens realizadas pelos turistas internos, com crescimentos homólogos de 5,2% e de 14,9%, respetivamente. No entanto, o organismo de estatísticas relata que, em dezembro, houve um decréscimo de 3,7% nas viagens realizadas pelos residentes, comparativamente com o mesmo mês de 2023.

O principal motivo das deslocações dos turistas nacionais em 2024 foi “lazer, recreio ou férias”, correspondendo a 11,7 milhões de viagens, seguindo-se as que se deveram à visita a familiares e amigos.

As viagens por motivos “profissionais ou de negócios” assumiram um peso de 6,5% nas deslocações dos residentes no ano passado, totalizando 1,5 milhões. Segundo constata o INE, dentro do sector o segmento de negócios foi o que registou “o maior decréscimo face a 2023”, e que se cifrou em 12,9%.