
O volume de negócios da Ifthenpay aumentou 27% em 2024 face ao ano anterior, para 7,1 milhões de euros, enquanto o lucro bruto aumentou 28% ao ano para 2,4 milhões de euros, anunciou nesta terça-feira a tecnológica portuguesa. Em comunicado, a empresa regista que o valor de pagamentos movimentados cresceu 19% em 2024, para mais de 1,5 mil milhões de euros. Já o número de entidades aderentes aos serviços da tecnológica financeira cresceu 10%, tendo terminado 2024 com 29960 clientes. Segundo a empresa, os resultados espelham “a resiliência e o crescimento do comércio eletrónico”.
Em 2024, os resultados recorrentes antes de juros e impostos (EBIT) da ‘fintech’ sediada em Santa Maria da Feira – e que prevê abrir em breve uma nova sede na mesma localidade – cresceu 28% para 2,4 milhões de euros. Para este ano, a empresa estima um aumento de 25% no volume de negócios, no EBIT e no volume de pagamentos, para 8,9 milhões de euros, 3 milhões de euros e 1,86 mil milhões de euros, respetivamente.
A estratégia para 2025 está assente, em grande parte, na internacionalização do negócio, explicaram os cofundadores da Ifthenpay, Nuno Breda e Filipe Moura, num encontro com jornalistas, em Lisboa. Com a internacionalização, os responsáveis da empresa esperam que o produto no estrangeiro represente, este ano, 15% do volume de negócios total. Os principais mercados para este ano são Espanha e Croácia, com os dois cofundadores a admitirem que a entrada no grupo Payten, em outubro de 2023, tem contribuído para a expansão.
Em 2025, a Ifthenpay quer avançar com novos produtos e tecnologias, incluindo o suporte para pagamentos através de Pix e, no futuro, o Bizum. Se no caso do Pix, feito a pensar nos consumidores com contas em bancos brasileiros, ainda há uma utilização “muito residual”, a aposta no Bizum poderá impulsionar a entrada no mercado espanhol.
A Ifthenpay diz ainda estar a trabalhar na implementação do regulamento relativo à resiliência operacional digital do setor financeiro na União Europeia (DORA), mas Filipe Moura registou que tem havido alguma dificuldade porque também os fornecedores têm de cumprir com essas normas.
A empresa divulgou ainda os resultados até março deste ano, tendo começado com subidas homólogas de 25% no seu volume de negócios (2 milhões de euros), de 26% no EBIT (cerca de 700 mil euros) e de 23% no volume de pagamentos, tendo já movimentado 480 milhões de euros.
Agência Lusa
Editado por Jornal PT50