A antologia 'My Death: And Other Visions from a Fading Century', de Teixeira de Queiroz, tem tradução de Philipe Pharo, e pode revelar no mercado livreiro de língua inglesa o autor português que foi presidente da Academia das Ciências de Lisboa, em 1915, segundo Filipe Faro da Costa da editora que chancela a obra.

Trata-se de "uma pequena antologia de quatro contos que revela uma joia literária há muito esquecida, oferecendo aos leitores estrangeiros uma visão da rica tradição da literatura e cultura portuguesas", disse Faro da Costa à Lusa.

"O título escolhido para esta publicação em inglês baseia-se na primeira história do livro, 'A Minha Morte'. Numa consideração de perspetiva analítica do contexto das restantes, é uma pequena antologia, sem paralelo com um título original no seu conjunto. No entanto, todas [as histórias] foram extraídas do livro 'Novos Contos' (1887)", acrescentou o editor.

O livro estará disponível mundialmente a partir do próximo dia 30, inaugurando a coleção 'Portuguese Classics'.

A tradução não teve quaisquer apoios financeiros. "Depende exclusivamente dos leitores que venham a adquirir os exemplares do livro", enfatizou Faro da Costa.

Segundo o editor, está prevista a publicação de mais obras, sem adiantar à Lusa qualquer outro título ou autor, "por razões de diversa ordem".

A Contra Escrita (ContraatircsE, com o inverso de escrita) é "uma pequena editora independente e unicelular, que desenvolve os seus trabalhos de forma ponderada e sem grande infraestrutura, dependendo exclusivamente das vendas dos seus livros", explicou Filipe Faro Costa.

Francisco Teixeira de Queiroz colaborou com as revistas 'O Ocidente', 'Renascença', 'Serões"' e 'Arte e Vida'.

Em 1876 publicou 'Os Meus Primeiros Contos', título ao qual sucedeu, no ano seguinte, 'Amor Divino'. O autor publicou cerca de 18 títulos, o último em 1919, 'A Grande Quimera'.

O escritor desempenhou vários cargos públicos, nomeadamente vereador da Câmara de Lisboa, deputado à Assembleia Constituinte, em 1911, e ministro dos Negócios Estrangeiros, em 1915.

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