'Dollhouse' foi lançado mundialmente nesta edição do Fantasporto e irá estrear "em breve" em toda a Ásia.

Também em antestreia, o filme 'Cielo', do britânico Alberto Sciamma, venceu na secção oficial do cinema fantástico o Prémio Especial do Júri e o Prémio do Público 'ex-aequo' com Mister.K, de Tallulah H. Schwalb, uma co-produção dos Países Baixos/Noruega/Bélgica, que foi considerado "uma das grandes surpresas do cinema europeu".

Na Semana dos Realizadores, o Grande Prémio foi para o norte-americano 'Zero', de Jean Luc Herbulot, e o prémio Especial do Júri para o japonês 'Welcome to the Village', de Hideo Jôjô.

O júri da secção Oriente Express atribuiu o Grande Prémio ao filme japonês 'River Returns', de Masakasu Kaneko, e o Prémio Especial a 'Sana: Let Me Hear', do realizador Takashi Shimizu.

O Prémio de Cinema Português foi para o 'Criador de Ídolos', de Luís Diogo e o da Crítica foi para a produção de Steven Sonderberg, dos EUA, 'Cold Wallet'.

Os realizadores premiados nas principais secções foram o chinês Sam Quah pelo seu trabalho no filme 'A Placed Called Silence' e o japonês Junichi Ishikawa, no filme 'Honeko Akabane´s Bodyguards'.

Quantos aos atores , os júris destacaram na secção Cinema Fantástico a atriz das Filipinas Judy Ann Santos, pela sua atuação em 'Scarecrow', e o americano Brendan Bradley, em 'Succubus'.

Na Semana dos realizadores venceu a atriz janonesa Yuri Nakamura, de 'Samurai Detetive Onihei: Blood for "Blood', e o ator japonês Tomoki Kimura, em 'Ranshima Bound'.

A curta-metragem escolhida pelo júri internacional, de entre 27 filmes a concurso, foi a húngara 'Happy People', com uma menção especial ao filme português 'Gosto de ter ver dormir', de Hugo Pinto.

"Tivemos uma forte participação asiática e, por isso, os vencedores são também, muitas vezes, os filmes asiáticos, particularmente o Japão, que nos mandou bons filmes, em antestreia mundial e, portanto, é muito natural que ganhem prémios", disse à Lusa Beatriz Pacheco Pereira, diretora do Fantasporto.

A responsável destacou também a presença "de uma das maiores atrizes filipinas Judy Ann Santos" que foi premiada pela sua atuação em 'Scarecrow'.

"A seleção de curtas-metragens deste ano era muito boa e, entre elas, 'Happy People'. Só para falar da história, todas as pessoas naquela sociedade futura têm a obrigação de ser felizes. Quando uma pessoa não é feliz, o quociente de felicidade que lhes aparece no corpo vai descendo, até ao momento em que a sociedade os rejeita. Portanto, há que ser feliz à força. Esse é o tema do Happy People", sublinhou.

Beatriz Pacheco Pereira disse ainda que, nesta edição, a participação estrangeira cresceu e, "em termos de público, em relação à primeira edição aqui no Batalha, creio que este ano vai ser o melhor", por isso, defende a necessidade de mais salas para acolher mais espetadores, uma vez que houve várias sessões esgotadas.

A diretora do 'Fantas' disse ainda à Lusa que aproveitará a presença do ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, na sessão de encerramento e entrega de prémios, agendada para as 21h15, no Batalha Centro de Cinema, para o alertar "da necessidade de salvar os pequenos organismos, pequenos grupos de teatro, pequenos grupos de música que funcionam nas cidades, que não podem ser alienados só porque há muito turismo".

Em relação aos apoios recebidos, Beatriz Pacheco Pereira disse que o Fantasporto é neste momento "o festival nacional menos apoiado pelo Instituto do Cinema e Audiovisual (ICAM). Já fomos os que recebemos mais, depois apareceram muitos festivais em Lisboa e os apoios ao Fantasporto foram desaparecendo".