O regresso de David Bruno aos discos, depois de uma pausa de cerca de um ano, é um dos destaques musicais desta sexta-feira.

Desta feita, o músico de Gaia debruça-se sobre a freguesia de Vilar do Paraíso com “Paradise Village”, álbum que irá apresentar esta sexta-feira com um concerto grátis no GaiaShopping, às 21h30.

Em comunicado, pode ler-se que, no seu quarto álbum, David Bruno olha para o mundo como “caótico" e marcado pela informação excessiva e pelo lado negativo das redes sociais.

Outro álbum que hoje chega às lojas e ao streaming é “Carta de Alforria”, do rapper português Plutónio.

Em comunicado, escreve-se que neste disco o artista de ascendência moçambicana faz “uma espécie de metáfora” do momento que atravessa, apresentando-se agora “livre dos obstáculos e sacrifícios da sua vida passada e pronto para se dedicar em exclusivo à sua arte”.

O sucessor de “Sacrifício: Sangue, Lágrimas & Suor” será apresentado ao vivo com um concerto na Meo Arena, em Lisboa, a 28 de fevereiro de 2025.

Conhecido pelo seu trabalho com os You Can't Win, Charlie Brown, banda onde é vocalista e letrista, Afonso Cabral lança hoje “Demorar”, um álbum a solo composto por nove canções, entre os quais dois duetos, com Manuela Azevedo, dos Clã, e o músico japonês Shugo Tokumaru.

Segundo o autor, este trabalho é “um diário-resumo” dos seus anos mais recentes, que foram férteis em alterações na sua rotina. As letras espelham “essas ânsias, sonhos e vivências”.

“São peças de um puzzle construído entre 2019 e 2024 (demorado, sim, daí o título, em parte). É sobre aceitação, é sobre saber parar (ou pelo menos tentar), é sobre frustrações e é certamente sobre mais uma série de coisas que eu próprio não entendo ainda muito bem. É também um cumprir de sonhos com os duetos com Shugo Tokumaru e Manuela Azevedo.”

O disco foi gravado nos estúdios louva-a-deus. em Lisboa, a quem cabe, também a edição, e será apresentado a 27 de fevereiro no Lux, em Lisboa.

Quem também tem música nova é Samuel Úria, que continua a antecipar o álbum “2000 A.D.”, que sairá a 6 de dezembro. Desta feita, o cantor-compositor de Tondela faz uso do rock, da folk e do gospel, “ao serviço de uma letra de grande intensidade espiritual”, pode ler-se em comunicado.

Nas palavras do autor, ‘Quem me Acende a Voz’ “retoma a tradição de uma canção de influência gospel nos meus discos e, consequentemente, quebra a tradição de uma música portuguesa sem gospel endémico. Não me arrogo, contudo, de qualquer originalidade na adoção do género, até porque me sinto sempre eu o perfilhado: acolhem-me os clamores comunitários, o muro de vozes pontua-me os apogeus da canção (já que a minha voz sozinha, tal como a dos burros, não chega ao céu).”

‘O Último que Apague a Luz’ é o título do novo single de Manuel Fúria, que liderou as bandas Os Golpes e Os Náufragos.

“Johnny Marr, no início do jogo, passa para Barbosa, Barbosa passa para Fúria, Fúria passa Barbosa, Fúria roda sobre si próprio, aproxima-se da grande área, vê Barbosa desmarcado, passa-lhe a bola e golo. Um apuro mais solar - musicalmente. A letra é negra mas é enigmática também - abre carreiros. Mistura o grande e o supermercado. A preocupação metafísica-social-civilizacional e o bilhete da Mulher. A música vai ganhando embalo dançarino mortal”, diz o comunicado.

Manuel Fúria apresenta-se ao vivo, com João Eleutério, no Misty Fest - a 29 de novembro no Village Underground, em Lisboa, e a 1 de dezembro na Casa da Música, no Porto.

Depois de uma vida dedicada à sétima arte, Isabel Ruth lança agora “Português Suave”, álbum em que reúne canções que foi escrevendo ao longo das décadas e que agora é editado digitalmente e em vinil

Apaixonada por música desde a infância, a atriz de 84 anos concretiza assim um sonho, com um disco que teve produção e direção musical de Agir. O vinil está à venda na Companhia Portugueza do Chá, na loja física e no site.

Esta semana chegou ainda ‘Imperial é Fino’, uma colaboração entre as cantoras Ana Bacalhau e Cláudia Pascoal.

A canção foi escrita por João Só, que assina também a produção, em conjunto com Cláudia Pascoal. Já a letra - que explora as diferenças entre o léxico do Porto e de Lisboa -ficou a cargo de Capicua, enquanto André Tentugal realizou o vídeo.

“Qualquer um Pode Cantar” é o título do primeiro álbum de Bia Maria, jovem cantora-compositora portuguesa que aqui assina dez canções de uma “pop comunitária”.

Nas suas palavras, este “é um álbum para todas as vozes e de todas as vozes. E que isso baste para se cantar. Que se cante mais em todo o lado. Que se volte a cantar muito em todo o lado. É um álbum a honrar o canto como expressão, como arma e como abraço. Cantar fez de mim mais mulher. Mais consciente. E mais forte.”

“Qualquer um Pode Cantar” sucede a um conjunto de três EP e será apresentado em Lisboa, no Musicbox, este sábado.

O primeiro álbum dos Primal Scream em oito anos é outro dos discos da semana. Chama-se “Come Ahead” e sucede a “Chaosmosis”. Após a digressão deste disco de 2016, Bobbie Gillespie, vocalista da banda, afirmou que não queria voltar a fazer discos, e dedicou-se a escrever a sua autobiografia, “Tenement Kid”, e a trabalhar na banda-sonora de um filme francês.

O regresso aos discos com os Primal Scream tem sido recebido com críticas entusiastas, que louvam a procura de um novo som e de uma nova abordagem pelos veteranos da Escócia.