Robert Smith deu uma entrevista ao “Sunday Times”, onde explicou o porquê de os Cure não terem adotado o sistema de “preços dinâmicos” da Ticketmaster na sua nova digressão.

Para o músico, este sistema não passa de um “embuste”. “Fiquei chocado com os lucros que as empresas de bilhética têm. Pensei: não precisamos desde dinheiro todo”, começou por explicar. “As minhas lutas pessoais com a editora têm andado à volta de como podemos tornar as coisas mais baratas. A única razão pela qual cobraria mais por um concerto seria se esse fosse a última oportunidade para se vender uma t-shirt”.

“Porém, se acreditasses que ainda estarias aqui daqui por um ano, quererias que o concerto fosse tão bom que as pessoas quereriam ver-te outra vez. Não queres, por isso, cobrar tanto quanto o mercado te deixar. Se as pessoas pouparem no dinheiro dos bilhetes, irão comprar cerveja ou merchandising”, justificou.

“Não deixamos que imponham um sistema de ‘preços dinâmicos’ porque é um embuste que desapareceria se todos os artistas dissessem que não o querem. Mas a maior parte dos artistas esconde-se atrás dos seus agentes. Dizem que não sabiam. Claro que sabem”, atirou. “Se disserem que não sabiam, ou são estúpidos ou estão a mentir. Tem tudo a ver com ganância”.

Recorde-se que o novo álbum dos Cure, “Songs of a Lost World”, será lançado a 1 de novembro.