A princesa Diana deixava o mundo em choque com a sua partida, aos 36 anos, a 31 de agosto de 1997: há 27 anos. O acidente que a vitimou ainda hoje é um mistério e para a família real… é tabu!
Depois de se separar do então príncipe Carlos, em 1992, Lady Di tornou-se uma das mulheres mais cobiçadas e também uma das mais procuradas pelos paparazzi, que de tudo faziam para conseguir uma fotografia exclusiva da Princesa do Povo. Em agosto de 1997, a Imprensa mundial estava de olhos postos na história de amor que ela vivia com Dodi Al-Fayed, o filho do milionário Mohamed Al-Fayed, proprietário dos famosos armazéns Harrods. Os dois acabaram por ser vistos pelos fotógrafos em clima romântico, a bordo de um luxuoso iate no Mediterrâneo. Estiveram nove dias a descansar no mar e, a 30 de agosto daquele ano, chegaram a Paris de jato privado e ficaram hospedados no Hotel Ritz.
Diana Spencer e Dodi faziam planos de regressar a Londres no dia seguinte e, por isso, decidiram deixar aquele luxuoso hotel para irem jantar fora. Porém, quando saem da unidade hoteleira, são perseguidos por vários paparazzi. Dodi entrou em pânico e ambos decidiram regressar ao Ritz, onde acabaram por jantar na Suíte Imperial, onde estavam hospedados. Horas mais tarde, o casalinho voltou a tentar sair do hotel, com o objetivo de se dirigir a um apartamento que Dodi tinha nas proximidades. Câmaras de vigilância do Ritz captaram os últimos momentos de vida da princesa, dentro do elevador.
O trágico acidente
Ao chegarem à Place Vendôme, a princesa Diana e o empresário foram surpreendidos por uma multidão de paparazzi. Foi então que tentaram distrair os jornalistas. O carro habitual do casal saiu pela porta da frente, mas Diana e Dodi abandonaram a unidade hoteleira pela porta dos fundos noutra viatura, um Mercedes S280 Saloon. O início da viagem foi tranquilo, mas acabaram por ser seguidos por nove paparazzi de mota. Ao volante do Mercedes, seguia o motorista Henri Paul. No banco dos passageiros, seguia ainda o segurança de Fayed, Trevor-Rees Jones, o único sobrevivente.
Pelas 00h25 do dia 31 de agosto, a viatura em que seguia a mãe dos príncipes William e Harry perdeu o controlo, desviou-se para a esquerda e chocou violentamente contra o 13.º pilar do túnel Ponte de l’Alma. A primeira equipa de socorro chegou ao local às 00h32. A princesa Diana ficou presa nos destroços. Ainda foi retirada com vida, recebeu tratamentos médicos no local e foi transportada de ambulância para o hospital Pitié-Salpêtrière, onde chegou às 02h06. Foi operada, mas acabou por morrer às quatro da manhã, devido a forte hemorragia.
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A morte foi anunciada à Imprensa às 05h30 e apanhou todos de surpresa. As notícias com o relatório médico davam conta de que, devido ao forte impacto do acidente, o coração de Diana deslocou-se do lado esquerdo para o direito, rompendo a veia pulmonar esquerda e o pericárdio. A investigação sobre o acidente concluiu que a tragédia aconteceu devido à alta velocidade da viatura (entre os 120 e os 155 km/h), mas também porque o motorista estaria embriagado e sob o efeito de antidepressivos. Nenhum dos ocupantes usava cinto de segurança, o que contribuiu para o desfecho trágico.
Anos depois, uma investigação jornalística da revista francesa Paris Match (Quem matou Lady Di?) garantiu que o Mercedes S280 Saloon não estava em condições de ser conduzido, devido a um aparatoso acidente anterior. “Já tinha tido um acidente, um primeiro acidente em que capotou várias vezes, antes de ficar destruído. Depois, obteve-se autorização para que o carro fosse reconstruído (…) Esse carro do Ritz nunca devia ter voltado a circular”, defendem os jornalistas Pascal Rostain, Bruno Mouron e Jean-Michel Caradec’h, que tiveram acesso às oito mil páginas da investigação judicial. O que resta da viatura ainda está guardado num armazém da Scotland Yard.
O corpo da princesa Diana está sepultado em Althorp, na propriedade da família Spencer. Em 2021, William e Harry inauguraram uma estátua especial da mãe no Sunken Garden, no Palácio de Kensington, para assinalar o seu 60.º aniversário.
Texto: Mafalda Mourão; Fotos: Shutterstock