Apesar de ter trocado alianças com Chris Evans, mais conhecido por ter dado vida à emblemática personagem do universo cinematográfico da Marvel Capitão América, em setembro do ano passado, a verdade é que Alba Baptista, numa recente conversa com Júlia Palha, no Tribeca Festival, revelou que durante esse mesmo ano encontrava-se a viver uma fase "triste".

Na verdade, durante o desabafo, que aconteceu no contexto da gravação do podcast Geração 90, no palco Music & Podcasts, Alba Baptista não revelou o porquê de considerar 2023 um ano com fases menos alegres na sua vida, contudo, desenvolveu um longo pensamento acerca desta vivência e de como a conseguiu ultrapassar.

"O ano passado estava numa fase acho que triste da minha vida, mas faz parte. Eu dou graças ao universo por passar por estas etapas onde sou confrontada com desafios que nunca achasse que nunca fosse confrontar e que achasse que fosse lidar melhor com eles e de repente não estou a conseguir sair disso. E depois quando começamos a criar um buraco, a escavar e ficamos lá em baixo, depois de repente estamos a escavar cada vez mais porque sentimos a culpa de não conseguir sair dele e é só um ciclo vicioso", disse a atriz.

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Logo depois, Alba Baptista confidenciou o que a acabou por ajudar nas suas próprias lutas. "É não tentar evitar a dor e não puxar para baixo. Convidar a dor e literalmente abraças o que eu esteja a sentir, o que eu esteja a passar, porque desconstrói um pouco a figura do negativismo e da baixa vibração que nós possamos ter connosco mesmos", relatou.

Para a atriz, que se tem vindo a afirmar em Hollywood, há que dar importância ao facto de todos devermos ter empatia connosco mesmos. "Assim, conscientemente, convidas a dor para dentro. De repente consegues observá-la de uma maneira mais distanciada e talvez até de uma maneira muito fluída vais conseguindo trabalhá-la", partilhou também.

Ainda questionada por Júlia Palha sobre como se convida essa dor a entrar, sobretudo no meio que a envolve, Alba Baptista deixou a certeza que "o processo da dor é universal" e que "não tem tanto a ver" com a indústria em que está inserida. "Dor é dor e evitar a dor nunca será saudável. No entanto, não temos tempo, mas eu acho mesmo vital encontrar nem que seja cinco minutos do nosso dia para estarmos sozinhos e pensar o que é que nos está a magoar o coração", disse, por fim.