O testamento de Marco Paulo continua a dar que falar. Pela primeira vez, o irmão mais velho do cantor, Ernesto Simão, quebrou o silêncio e falou com a ‘Nova Gente’, após a revelação de que o artista excluiu a família de sangue do testamento.
Internado desde dia 19 de outubro e prestes a fazer 84 anos, Ernesto ó soube da morte do irmão no dia do funeral do artista, porque a família estava preocupada com a sua reação, e também só foi informado pelo filho Marco, no dia 30 de novembro, de que tinha sido feita a leitura do testamento e que os familiares de sangue não faziam parte da herança. “A minha primeira reação foi: ‘Já? Ainda agora ele morreu… Estão a falar a sério? Não acredito. Se assim é, foi um ingrato, esteve muito mal. A família toda esteve com ele até ao último minuto de vida dele, só não fez por ele o que não pôde. Nunca esperei. Nunca ninguém da família lhe fez mal ou o tratou mal, antes pelo contrário’”, começou por dizer.
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“Que mal lhe fizemos nós?”
“Ainda voltei a perguntar ao meu filho: ‘Não deixou mesmo nada para a família? Nem uma cadeira? Nem temos direito às memórias de família, dos meus pais e até dos meus avós, fotos de parede dos meus pais, objetos de família sem qualquer valor monetário, inclusive a pedra mármore da campa da minha mãe que estava no cemitério e que está lá na quinta?’”, questionou, continuando a dar voz à sua indignação: “Que mal lhe fizemos nós para ele ter essa atitude? O que é que a família toda lhe fez? Somos todos maus? Bom, a verdade é que ele nunca ajudou ninguém da família em rigorosamente nada, e nós também nunca lhe pedimos nada. Mas demos-lhe muito. Mas eu questiono: para que quer o Toni, o Marquinho e esse bombeiro as fotos que estão lá na quinta e que são da nossa família? Para meterem no lixo?”.