
Nasceu no Porto, a 9 de outubro de 2003, e com apenas 21 anos, já integrou elencos de várias peças de teatro e viu o seu nome catapultar-se no mundo da fama depois de participar numa reconhecida série juvenil. Mas chegar até aqui não foi fácil.
Atualmente a interpretar Bernardo, na novela A Herança, onde faz sucesso ao lado de Laura Dutra, Rui Pedro Silva esteve em Alta Definição, este sábado, 29 de março, e falou sobre o começo desta sua jornada, depois de dizer 'adeus' ao pais, com quem sempre manteve uma grande ligação, na sua partida para Lisboa.
"Acho que já deu para perceber que que sou uma pessoa muito ligada à família e a casa. É difícil, mas é ali um equilíbrio muito engraçado porque é muito difícil e parte de mim queria chegar a casa ao final do dia, no Porto, e estar com os meus pais", começou por dizer, acrescentando o que a "outra parte" de si, pensa.
"A outra parte de mim, que tem 21 anos, pensa: 'Eu quero conhecer o mundo todo e quero viver sozinho, estar com os meus amigos, divertir-me com os meus amigos e sair. Ver filmes sozinhos e não ter horas para chegar a casa', mas é muito difícil. Eu saí de casa cedo, com 18 ou 19 [anos] e portanto...Foram coisas que tive de aprender a lidar", explicou.
À conversa com Daniel Oliveira o jovem que já esteve nomeado para o Globo de Ouro 'Revelação' confessou que nunca se refugiou "num sítio negativo". "Acho que sempre me refugiei na tal questão de 'sinto-me bem comigo próprio, estou bem sozinho e sei tratar de mim, estou a trabalhar'. Isso também impede que eu pare e me sinta bloqueado, num impasse de vida", confessou.
Da reação dos pais ao começo de uma nova vida
Rui Pedro Silva recordou ainda como contou aos progenitores que queria rumar para um local a mais de 300 quilómetros de casa. "Comunicar novidades [aos pais] é sempre uma coisa muito engraçada. A técnica que eu tenho é, apresentas as coisas assim de choque - os meus pai refutam completamente - e depois vais convencendo durante algum tempo, umas semanas, às vezes alguns meses, até eles perceberem que é uma realidade e que é uma coisa que eu quero", disse, confessando que a ajuda de "pessoas exteriores, como professores" foi importante.
Depois de conseguir convencer os pais em tão tenra idade, o ator fez as malas e rumou até à capital portuguesa, mas admitiu ao Diretor de Programas da SIC que "foi um caos".
"De repente tinha de procurar casa, não estava a encontrar [e] já faltavam três meses para começar - porque eu vim para estudar na Escola Superior de Teatro e Cinema. Não tinha nada, não tinha casa, não tinha sítio para viver, mas depois a vida foi engraçada e vai-me acontecendo ao longo dos anos: de repente, resolve-se e acho que foi a cerca de 15 dias de começar a escola", revelou, recordando que foi através de um amigo que arranjou quarto.
"De um dia para o outro resolveu-se a questão da casa" e 24 horas antes de entrar no novo estabelecimento de ensino ainda andava a comprar "cama, colchão, essas coisas todas".